Acesso baixo à mamografia

Data: 18 de maio de 2015

Fonte/Veículo: O Popular

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Pesquisa divulgada neste fim de semana em Goiás alerta para problema na prevenção de doença

18/05/2015 05:01Edson Lopes Jr./ GESP (Fotos Públicas)

Pedro Nunes

O câncer de mama é a doença que mais atinge as mulheres no Brasil e está ainda mais suscetível àquelas entre 50 e 69 anos. A cobertura mamográfica do Sistema Único de Saúde (SUS) em Goiás, no entanto, foi de 14,7% no ano de 2013 para esta faixa etária. O Ministério da Saúde preconiza que o ideal seria em torno de 70%. Os dados são de um estudo desenvolvido pelo Programa de Mastologia da Universidade Federal de Goiás (UFG) divulgados no Goiânia Breast Cancer Symposium, evento de pesquisa em câncer de mama do Brasil encerrado sábado na capital.

No Brasil, a previsão do Instituto Nacional do Câncer (Inca) é de que ocorram mais de 57 mil novos casos este ano.

“A situação é grave. Temos que avançar, principalmente, no acesso das mulheres à mamografia, porque é o principal exame de prevenção ao câncer de mama”, explicou o presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), Ruffo de Freitas Junior.

Entre os tipos de câncer existentes, o de mama está entre os de maior chance de cura, em torno de 90%, caso descoberto em estágios iniciais. “Por isso a importância do diagnóstico precoce”, completou.

Ruffo de Freitas afirma que a quantidade de equipamentos em Goiás para a realização desse exame é satisfatória, porém a distribuição é desigual, já que a grande maioria encontra-se na capital enquanto uma área imensa do interior fica descoberta.

“Imagine a situação de uma mulher do interior. Ela terá que ir no mínimo três vezes a Goiânia. A primeira para fazer o exame. Uma outra vez para buscar. E uma última para levar o resultado para o médico. É realmente uma situação complicada”, destaca.

Carência

De acordo com o presidente da SBM, há uma carência também de unidades de tratamento não só no Estado, mas no País. “Existem apenas 71 unidades no Brasil. Mas em Goiás temos outro problema nas unidades de prevenção”, argumenta.