Mais dois casos da doença são confirmados no Estado

Data: 08 de junho de 2015

Fonte: O Popular

Link da matéria: http://www.opopular.com.br/editorias/economia/mais-dois-casos-da-doen%C3%A7a-s%C3%A3o-confirmados-no-estado-1.867367

 



(M.A.V.)

O segundo e o terceiro casos de tripanossomose bovina em Goiás acabam de ser registrados em propriedades leiteiras de Ipameri e Pontalina. Os animais infectados apresentavam sintomas da doença e tiveram amostras de sangue analisadas pelo Laboratório de Diagnóstico de Doenças Parasitárias de Animais da Escola de Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Goiás (EVZ/UFG). Os exames confirmaram a doença em ao menos 11 vacas, todas da raça girolando.

Em maio, o laboratório já havia detectado o primeiro surto de tripanossomose no Estado, também em Ipameri. Após a morte de 12 animais, e com outros 20 apresentando sintomas como anemia, caquexia, lacrimejamento, diarreia sanguinolenta, fraqueza nos membros posteriores, decúbito, emagrecimento, aborto e morte, foram colhidas amostras de sangue de cinco vacas. Os resultados foram positivos.

De acordo com o médico veterinário Thiago Souza Azeredo Bastos, pesquisador ligado à EVZ/UFG, o proprietário da fazenda onde foi registrado o primeiro foco relatou que os animais infectados foram comprados em um leilão. A doença teria sido transmitida aos outros pelo compartilhamento de agulhas de seringas, usadas na aplicação de medicamentos.

O proprietário da fazenda em Ipameri onde foi detectado o segundo foco contou que adquiriu os animais infectados no mesmo leilão. Os lotes seriam provenientes de Minas Gerais, segundo o material de divulgação do evento. Bastos, no entanto, afirma que ainda não é possível atestar a origem. Após uma morte, 41 animais tiveram amostras de sangue colhidas para exames. Dez receberam diagnóstico positivo.

Terceiro caso

Ontem à tarde foi confirmado o terceiro foco de tripanossomose, esse no município de Pontalina. De cinco amostras coletadas, uma teve resultado positivo. As outras quatro - sob efeito de medicação - ainda serão testadas de forma conclusiva. “Nessa propriedade três veterinários foram chamados, só o último enviou material para análise, ele comentou que houve aborto, animais em decúbito (caídos), queda brusca na produção de leite e mortes”, destaca Bastos.