Evolução no tratamento da hepatite C é tema de palestra em Cuiabá
Data: 11 de junho de 2015
Veículo: Diário da Cuiabá
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A hepatite C é uma doença viral crônica, geralmente silenciosa, responsável pela maioria dos casos de cirrose, câncer de fígado e transplante hepático no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que o Brasil tenha mais de dois milhões de infectados, sendo que somente 15% destes foram identificados, 10% submetidos a algum tipo de tratamento e apenas 5% curados.
Nesta quinta-feira (11), o hepatologista Rodrigo Sebba Aires, professor da Universidade Federal de Goiás, fará uma palestra em Cuiabá sobre os avanços no tratamento da hepatite C, que podem aumentar a possibilidade de cura da doença.
O diagnóstico precoce é fundamental, principalmente com a chegada do novo tratamento, que acaba de ser aprovado pela Anvisa, que combinado com outros medicamentos eleva a chance de cura da hepatite C a taxas superiores a 90%, de acordo com as características do paciente.
Além disso, a nova terapia pode reduzir de forma considerável o tempo de tratamento, atualmente de até 48 semanas, para 12 ou 24 semanas, além de eliminar a necessidade de injeções de interferona nos pacientes infectados com os genótipos 2 e 3 da hepatite C.
A hepatite C é uma doença contagiosa causada pelo vírus C (VHC). A transmissão ocorre, dentre outras formas, por meio de transfusão de sangue, compartilhamento ou uso de materiais contaminados como seringas, objetos de higiene pessoal (lâminas de barbear e depilar), alicates de unha, além de outros materiais perfurocortantes usados na confecção de tatuagens e colocação de piercings.
O vírus também pode ser transmitido pela via sexual e vertical (de mãe para filho). Estimativas apontam que cerca de 3% da população mundial possa ter sido exposta ao vírus e desenvolvido infecção crônica, o que corresponde a 185 milhões de pessoas5. Na maioria das vezes a doença é assintomática, mas em alguns casos surgem sintomas como vômitos, náuseas e mal-estar.
A prevalência é a mesma entre homens e mulheres, sendo que em pessoas com mais idade a progressão pode ser mais rápida. A ingestão de bebidas alcoólicas também pode acelerar a progressão da hepatite C. O teste para detecção da doença é fácil, rápido, gratuito e está amplamente disponível na rede pública. (Tino Comunicação)