Diversidade é filosofia da UFG, diz reitor

Data: 19 de junho de 2015

Fonte/Veículo: O Popular

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Universidade mostra porcentual de goianos matriculados e ressalta que vagas serão ocupadas por alunos de qualquer região do País

19/06/2015 05:01Divulgação / UFG

Pedro Nunes

(colaborou Pablo Santos)

A Universidade Federal de Goiás (UFG) mostrou ontem números que embasam a decisão de negar um “bônus” para alunos goianos, como solicitado pelo Colégio WR, que queria um acréscimo de 20% da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para os alunos do Estado. Segundo a instituição, dos mais de 6 mil alunos que ingressaram na universidade em 2015, aproximadamente 80% são estudantes que cursaram o ensino médio em Goiás(veja quadro abaixo).

Além disso, o reitor Orlando Amaral explica que outro motivo para que o pedido de acréscimo de bônus na nota para alunos goianos tenha sido negado é a própria filosofia da instituição. “Nós entendemos que as vagas para nossa universidade, assim como as de outras instituições federais, sobretudo, serão ocupadas por qualquer estudante, de qualquer região. Esse é o espírito do Enem e do Sisu”, disse o reitor da UFG Orlando Amaral.

Além do Sisu, programas mais antigos validam a filosofia da diversidade, como o UFGInclui, implementado em 2009, que, com a Lei das Cotas em 2012, tem hoje como público principal comunidades quilombolas e indígenas. São 60 alunos quilombolas e negros estudando na UFG, além de 12 que já se formaram. Neste caso não há cotas, mas sim a abertura de novas cadeiras. Mais antigo ainda é Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G), que há 50 anos oferece vagas para alunos vindos da América Latina e África.

Sisu

No ano passado, a UFG decidiu extinguir seu vestibular e aderir integralmente ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu), gerenciado pelo Ministério da Educação (MEC), no qual instituições públicas de ensino superior oferecem vagas para candidatos participantes do Exame Nacional do Ensino Médio.

“É salutar que os estudantes goianos convivam com alunos de outras regiões. O ambiente universitário é plural e diversificado em vários aspectos, inclusive nesse. Os goianos competem, e muito bem, com pessoas de outras regiões. Se todas as instituições aderirem aos bônus regionais isso pode prejudicar até mesmo os goianos”, defendeu.