Fábricas de células fotovoltaicas planejam se instalar no Estado

Data: 21 de junho de 2015

Fonte/Veículo: O Popular

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21/06/2015 05:00

“É uma fonte renovável e mais segura economicamente, já que não depende de água ou da produção de biomassa. Mas ainda há entraves”, pontua Molinari, do Grupo FCR. Incentivos para a fabricação local de placas fotovoltaicas, que têm preço elevado por serem importadas é o principal deles, tanto para a geração em grande escala como para a mini e microgeração em residências, por exemplo. Porém, empresas estrangeiras já apostam no potencial brasileiro e goiano e há negociações para instalar fábricas por aqui.

A empresa chinesa S4 Chaori do Brasil oficializou no ano passado a intenção de investir R$ 30 milhões para a construção de fábrica de painéis solares em Anápolis. A Soliker Brasil também assinou com o governo do Estado protocolo de intenções para construir unidade em Luziânia (R$ 200 milhões) para produção de células fotovoltaicas. “É um mercado crescente que necessita de tempo de maturação e adaptação da cadeia produtiva. Hoje, Estados Unidos, China e Espanha são os principais fornecedores”, explica o professor da Universidade Federal de Goiás (UFG) e doutor em Engenharia Elétrica, Enes Marra.

A geração solar corresponde a apenas 0,01% dos empreendimentos do setor elétrico em operação no Brasil e não há ainda participação no Estado. Apesar disso, o País registra um dos melhores níveis de radiação. “No mapa solar, Goiás está bem qualificado, perde para o semiárido do Nordeste e para poucas regiões no Centro-Oeste, temos uma regularidade acima da média”, explica o professor sobre a incidência solar, que ele diz ser melhor das 9 horas às 16h30.

“Grandes usinas temos poucas, mas com a fabricação de células fotovoltaicas no País e consequente queda do preço começa a ser competitivo e a aparecer mais. Em dez anos, a solar deve ocupar 4% da matriz.” Marra pontua que a linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pode atrair capital, o que nesse momento irá funcionar bem, já que a fonte agora possui preço competitivo.

Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e usinas que usam bagaço de cana também já começam a alternar produção com plantas fotovoltaicas, para que consiga geração de energia durante todo o ano. Até grandes hidrelétricas já estudam aproveitar seus lagos e colocar neles placas fotovoltaicas. Com produção local, além de lucro, os empreendimentos garantem mais segurança energética também para o Estado.