Anticoncepcional masculino deve chegar ao mercado até 2020

Data: 25 de junho de 2015

Fonte: Portal Crescer

Link da matéria: http://revistacrescer.globo.com/Gravidez/Planejando-a-gravidez/noticia/2015/06/pilula.html

 

Batizado de Vasalgel, o contraceptivo é um polímero injetável que inibirá a formação dos espermatozoides

 

 



Contraceptivo masculino deve chegar ao mercado até 2020 (Foto: ThinKstock)Contraceptivo masculino deve chegar ao mercado até 2020 (Foto: ThinKstock)

O tão sonhado anticoncepcional masculino deve, finalmente, chegar ao mercado norte-americano entre os anos de 2018 e 2020, segundo informações do jornal britânico The Telegraph.  De acordo com a publicação, este é o primeiro contraceptivo destinado aos homens aprovado pelo FDA (Food and  Drugs Administration Panel) desde o preservativo.

Batizado de Vasalgel, o contraceptivo é um polímero inserido no organismo por meio de uma injeção feita com anestesia no canal por onde passa o esperma. O material inibirá a formação dos espermatozoides, sem interferir na produção de testosterona. Diferentes de outros métodos testados até então, esse pode ser revertido com uma nova injeção que dissolve o polímero. Outra vantagem é que ele não produz efeitos colaterais relevantes, conforme explica Marta Franco Finotti, professora da Universidade Federal de Goiás e presidente da Comissão de Anticoncepção da Febrasgo (Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia). “Ele deve ter uma eficácia semelhante à pílula anticoncepcional feminina e não terá os efeitos tão temidos pelos homens, como impotência e queda na libido”, diz.

Mas por que ainda não existe o anticoncepcional masculino?

Popularizada na década de 1960, a pílula anticoncepcional causou uma revolução na vida das mulheres, trazendo, entre outras coisas, maior liberdade sexual. Contudo, desde então, discute-se o fato de a contracepção ser de responsabilidade exclusivamente feminina. Por que os laboratórios parecem não se interessar no desenvolvimento do anticoncepcional masculino?

Na opinião de Marta Franco Finotti, ao contrário do que se pode imaginar, a questão não é exclusivamente cultural e, sim, uma associação de fatores, incluindo o fato de ser mais fácil desenvolver um contraceptivo hormonal, que à época servia mais às mulheres.

A médica acredita que o impacto do Vasalgel será positivo, especialmente no Brasil, onde 52% dos pais não planejam a gravidez. “Muitas pesquisas mostram que os homens estão interessados em participar da contracepção. Então, um produto como este seria uma segurança para eles. Além disso, muitas mulheres têm contraindicação para o uso da pílula e reclamam da falta de um método contraceptivo masculino", lembra.

Ainda não há previsão para a chegada do produto no mercado brasileiro.