Escritor do Acre é premiado em concurso nacional de contos e poemas

Data: 29 de junho de 2015

Fonte: Portal Amazônia

Link da matéria: http://portalamazonia.com/noticias-detalhe/variedades/escritor-do-acre-e-premiado-em-concurso-nacional-de-contos-e-poemas/?cHash=2b1a5fe0e36cb00a7b054ca3c34b840e

 

A inscrição do soneto foi realizada pelo autor em janeiro deste ano e com o prêmio, os direitos autorais do poema ficarão cedidos para a universidade

O escritor de apenas 14 anos, fundou a Academia Juvenil Acreana de Letras. Foto: Reprodução/Edna Medeiros/Secom

 

RIO BRANCO - Fundador da Academia Juvenil Acreana de Letras (Ajal), Jackson Viana é o segundo colocado no I Concurso Nacional de Contos e Poemas Prêmio Flor do Ipê. Com apenas 14 anos, Jackson conquistou a segunda colocação na categoria poema.

 

A premiação foi informada pela Universidade Federal de Goiás na última quarta-feira (24). Para Jackson, a classificação é mais que uma conquista. "É uma forma de incentivar outros jovens a iniciarem essa paixão pela literatura".

 

A inscrição do soneto foi feita pelo autor em janeiro deste ano e com o prêmio, os direitos autorais do poema ficarão cedidos para a universidade. Além de medalha e certificado, Jackson ainda receberá 20 exemplares da antologia da instituição, que fará a publicação com todos os poemas dos vencedores.

 

O aluno do ensino médio, também foi premiado em 1° lugar no Acre, no 43° Concurso de Redação de Cartas dos Correios, em 2014. "A importância é imaterial, vai além de uma medalha ou um certificado, é o valor do reconhecimento para o estado para que a cultura e a literatura continuem sendo mais valorizadas", completa.

 

Confira abaixo o soneto premiado pelo concurso:

 

Joguei pro Alto Dores Prescindíveis

 

Joguei pro alto dores prescindíveis,

Deixei reinar a minha voz, meu grito...

Desprenderei-me deste forte rito,

Pois me rodeiam corpos invisíveis.

 

Resta-me ainda aquela fria cama,

Que vira leito meu, em meu martírio

Que vira alento, mesmo em delírio,

E vira cobertor de quem me ama.

 

Nada passou! Restaram tantos pesos...

E acertam hoje a estes pés ilesos

As mesmas flechas vis, irreprimíveis...

 

Também se vão os que tomam espaços,

Como um dia, junto aos meus pedaços,

Joguei pro alto dores prescindíveis.