GoGeo quer R$1 milhão no primeiro ano

Data: 24 de julho de 2015

Veículo: Portal Baguete

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A GoGeo, que começou a operar comercialmente em março, prevê fechar o ano de 2015 com faturamento de R$ 1 milhão. A plataforma é focada em desenvolvimento de aplicações que explorem análises de big data geoespacial em tempo real.

Para 2016, a projeção da empresa é chegar a uma receita de R$ 6 milhões.

Com a plataforma, as empresas conseguem visualizar em um mapa informações relevantes para sua estratégia.

Hoje, o foco da GoGeo são os segmentos de telecom, financeiro e governo.

Na área financeira, a solução permite que bancos, seguradoras e empresas de pagamentos digitais possam analisar geograficamente os dados transacionais de seus clientes, como pagamentos, saques, transferência, sinistros, chamadas de suporte, entre outros.

“No dia a dia, a aplicação permite que a empresa possa analisar, de forma geolocalizada, os dados transacionais de pagamentos ou dados de uso de um serviço para entender o que está sendo consumido, onde, qual a frequência e o montante.”, explica Vagner Sacramento, CEO da GoGeo.

Ao avaliar, num mapa, a base de clientes instalada em relação à cobertura de penetração de mercado por segmento de cliente (restaurante, hotel, etc.), tipo de pagamento (débito, crédito) ou tipo de transação, é possível entender o padrão de consumo de cada região para melhorar serviços de detecção de fraude, implementar estratégia de retenção de clientes ou expansão em novos territórios.

A empresa também está desenvolvendo um projeto-piloto para uma companhia de telefonia focada no atendimento ao consumidor. O plano é entender de quais locais são feitas as reclamações e em que horários para ter o maior número possível de informações sobre o serviço.

Para o governo, um dos exemplos de uso está na segurança pública. Com a ferramenta é possível analisar os índices de criminalidade em cada localização, associando informações como horários, tipos de estabelecimentos do local, entre outras.

Segundo Sacramento, a vantagem da GoGeo em relação a outras empresas do segmento é o uso de algoritmos de processamento distribuído e paralelo, que exploram o poder computacional de servidores de baixo custo num cluster computacional.

“Ao invés de investir em licenças caras e em servidores de grande porte, a plataforma torna possível processar grande volume de dados usando dezenas ou centenas de servidores de baixo custo que, em conjunto, oferecem poder computacional maior que qualquer outro servidor do mercado”, diz Vagner.

Com isso, ele afirma que a aplicação é cinco vezes mais econômica e até 50 vezes mais rápida na hora de processar dados e gerar mapas. Entre os concorrentes do segmento estão ESRI/ArcGIS e Oracle Spatial.

Com sede em Goiânia, a GoGeo foi fundada a partir da experiência de Sacramento na área acadêmica. Entre 2006 e 2014, ele atuou como professor e pesquisador na Universidade Federal de Goiás.

Em 2012, por exemplo, Sacramento liderou uma equipe de 10 pessoas no desenvolvimento de um sistema focado em hospedagem de aplicações SAP. O projeto foi patrocinado pela Dell, que investiu US$ 200 mil.

A pesquisa focada no desenvolvimento da plataforma geoespacial que deu origem à empresa foi realizada de 2009 a 2014.