DF tem carência no atendimento a transexuais

Data: 10 de setembro de 2015

Fonte/Veículo: Parou Tudo

Link direto para a notícia: http://paroutudo.com/2015/09/10/df-tem-carencia-no-atendimento-a-transexuais/

 

 

O HUB oferece atendimento psicológico e pode ter, em breve, serviço endocrinológico aos transexuais

 

Já se passaram sete anos desde que o Ministério da Saúde regulamentou o processo transexualizador pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas até agora pessoas transexuais contam apenas com atendimento psicológico no Distrito Federal, que é possível no Hospital Universitário de Brasília.

Segundo a psicóloga Sandra Studert, coordenadora do programa em Brasília, há uma expectativa de que, em breve, o hospital ofereça também o atendimento endocrinológico. “Infelizmente, nem tudo o que está escrito na lei, na política pública, é verdadeiro no sentido de estar existindo. A gente espera que um dia aconteça, mas ainda não temos esse serviço, como deveríamos ter”, disse, ao site Metrópoles.

O restante do processo (a cirurgia, por exemplo) precisa ser continuado em algum dos apenas cinco hospitais credenciados em todo o Brasil: Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (UFG), Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Hospital Universitário Pedro Ernesto, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP) e Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

De acordo com a reportagem, o Hospital Mário Covas (na capital paulista) e hospitais em Vitória (ES) e Uberlândia (MG) estudam pedir o credenciamento para cirurgias. Há ainda uma expectativa de que hospitais no Paraná, Santa Catarina, Paraíba e Bahia sejam habilitados para oferecer o tratamento pré-cirúrgico especializado.

Desde 2008, foram realizados 268 procedimentos cirúrgicos com verba federal. Já o número de consultas ambulatoriais é de 8,1 mil. A fila de espera é desconhecida. Alguns falam em centenas, outros em milhares de pessoas em busca de atendimento. O dado é gerenciado pelas próprias unidades, uma vez que o Ministério da Saúde só realiza esse tipo de controle no caso de cirurgias de transplantes de órgãos.