Reunião discute parcerias para desenvolver pesca

Data: 28 de setembro de 2015

Veículo: Portal Goiás Agora

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Unir esforços em torno das atividades de pesquisa, assistência técnica e extensão rural para o desenvolvimento da aquicultura foi o objetivo da reunião entre pesquisadores de Goiás e de outros estados, realizada em Goiânia e Anápolis recentemente. O encontro foi promovido pela Emater Goiás e reuniu representantes da Embrapa Pesca e Aquicultura, das universidades Federal e Estadual de Goiás e dos institutos Federal Goiano e Federal de Goiás.

O presidente da Emater, Pedro Arraes, explicou aos participantes que Goiás tem um enorme potencial a ser explorado na área de piscicultura e “acreditamos que a reestruturação da atividade deve ser pensada de maneira conjunta para que possamos aplicar nossa competência técnica numa parceria verdadeira”.

O chefe geral da Embrapa Pesca e Aquicultura, Carlos Magno Campos da Rocha, destacou que o Brasil possui o maior potencial aquícola do mundo, com 8,5 mil quilômetros de costa marítima, 12% da água doce do planeta e 5,5 milhões de hectares em áreas alagadas. “Sabemos que a até o ano de 2030 cerca de 3,1 bilhões de pessoas ingressarão na classe média, principalmente em países da Ásia e do Pacífico. Isso significa um aumento também na demanda por alimentos e por peixe. Vender peixe é vender saúde, o que coloca o Brasil não só como um importante agente para a manutenção da segurança alimentar do planeta, como também para a segurança alimentar das pessoas”, explicou.

Diante das dificuldades de armazenamento, transporte e comercialização de pescado, a professora da UFG, Fernanda Gomes de Paula, considerou que as discussões e ações em parcerias são fundamentais para a formatação de uma cadeia produtiva do peixe. “Além de levantar os dados a respeito da realidade da piscicultura, precisamos de contato com a Emater para fazermos planejamentos mais concretos no que corresponde a formação de técnicos para atuarem no setor. A capacitação está sendo realizada, mas pode ser melhor coordenada”.

Diagnóstico

O presidente da Emater identificou que formatar um diagnóstico preciso do setor de aquicultura em Goiás é o primeiro passo para o desenvolvimento das ações. A capacitação de técnicos específicos para atuarem na área seria o segundo passo. Arraes considerou que, em seguida, será preciso que cada parceiro especifique como poderá atuar e quais os resultados esperados. “Por fim, precisaremos batalhar por um recurso financeiro que viabilize a consolidação das parcerias para colocar em prática as boas propostas apresentadas”, finalizou.

Após a reunião, o grupo de pesquisadores seguiu para a Estação Experimental da Emater em Anápolis, onde existe uma estrutura de tanques e laboratórios para o desenvolvimento da piscicultura. Com uma área total de 348,5 hectares, cinco hectares de área da estação de piscicultura e 23 tanques, a unidade já desenvolveu trabalhos sobre adaptação e reprodução artificial de espécies e criação de espécies nativas, como tambaqui, pacu e caranha. “O que precisamos e determinar o que pode ser feito nas outras instituições para complementar a estrutura que já temos”, declarou o presidente da Emater.

O grupo em visita à Estação Experimental de Anápolis. Foto:Nivaldo Ferr.

O grupo em visita à Estação Experimental de Anápolis. Foto:Nivaldo Ferr.

Também participaram da reunião os diretores da Emater Maria José Del Peloso (Pesquisa) e Antelmo Teixeira Alves (Assistência Técnica e Extensão Rural), o chefe adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa, Alexandre de Freitas, os professores Janaína Gomes Araújo Santos (UFG Jataí), Adalberto Medeiros (UEG Ipameri), Luciane Sperandio (IF Goiano Urutaí), Igo Coelho ( UFG Jataí), Fernanda Gomes de Paua (UFG Goiânia) e Thony Assis Carvalho (IF Goiano Ceres) e o consultor Rolando Mazzoni.

Mais informações: (62) 3201-8814