Professores da UFG encerram greve em Goiânia; técnicos seguem parados

Data: 29 de setembro de 2015

Veículo: G1 Goiás

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Volta ao trabalho deve ocorrer na 2ª; início das aulas ainda não tem data. Docentes de Jataí e Catalão e cidade de Goiás mantêm paralisação.

 

Os professores da unidade de Goiânia da Universidade Federal de Goiás (UFG) decidiram em assembleia realizada na tarde desta terça-feira (29) encerrar a greve que já durava quase 60 dias. No entanto, os docentes de Catalão, no sudeste do estado, decidiram manter a paralisação. Já os de Jataí, na mesma região, e da cidade de Goiás, no noroeste do estado, se reunirão nos próximos dias para decidir que posicionamento terão. Os servidores técnico-administrativos continuam paralisados.

(Correção: ao ser publicada, esta reportagem, baseada em informações da Adufg, errou ao informar que os professores da unidade da cidade de Goiás haviam encerrado a greve. Segundo o membro do comando de greve do município, Luís Augusto Vieira, os docentes mantêm paralisação e decidirão sobre a volta ou não ao trabalho durante assembleia prevista para o próximo dia 8 de outubro. O erro foi corrigido às 20:22)

Os professores da unidade da capital, que entraram em greve no dia 1º de agosto deste ano, devem retomar as atividades na segunda-feira (5). Apesar da decisão pelo fim da greve, o Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg) informou que a data de volta às aulas depende da universidade.

A assessoria da UFG informou que a instituição de ensino ainda aguarda a comunicação oficial do término da greve.

O diretor presidente da Adufg, Flavio Alves da Silva, afirmou que a maior parte dos presentes optaram pelo término da greve por acreditaram que os objetivos foram cumpridos.

“Deliberamos pelo término da greve baseado no que conseguimos ate agora com o movimento. Conseguimos reduzir de quatro para dois anos o tempo de recebimento do reajuste. O que o governo conseguiu apresentar foi isso e a maioria decidiu pelo final”, afirmou.

Ainda segundo o presidente, a categoria está aceitando reajustes que não cobrem a inflação, mas aguarda a descrição do plano de reestruturação da carreira, que é o que falta para finalizar a proposta a ser assinada pelo governo federal nas próximas duas semanas.

Os servidores técnico-administrativos entraram em greve no dia 28 de maio deste ano. O Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior do Estado de Goiás (Sint-ifesgo) informou que a categoria continua em greve. Segundo a assessoria do sindocato, o fim da paralisação depende da assinatura do acordo pelo governo federal, o que ainda não aconteceu.

 

Catalão

Os professores do campus de Catalão fazem parte da Associação dos Docentes da UFG regional Catalão (Adcac) e realizaram assembleia na manhã desta terça-feira, mas decidiram continuar com a greve.

Professores da UFG continuam de greve, em Goiás (Foto: reprodução / TV Anhanguera)

Professores da UFG decidiram por acabar com a greve (Foto: reprodução / TV Anhanguera)

A presidente do Adcac, Fernanda Ferreira Belo, afirmou que ainda há muito o que acompanhar. “Não houve fechamento das propostas. Nós entendemos que a rodada de negociações não se encerrou, então a gente espera a reunião com o ministro da Educação, esperamos que o governo atenda a proposta do sindicato nacional, chamem para negociar e que a gente faça nova assembleia no dia 8”, esclareceu.

 

Cidade de Goiás

Um dos membros do comando de greve da cidade de Goiás, o professor Luís Augusto Vieira, afirmou que os docentes da unidade entraram em greve, de forma independente, no último dia 2 de junho.

"Somos um movimento autônomo. Na última assembleia, no dia 17 de setembro, decidimos por manter a greve. A próxima será no dia 8 de outubro, só então vamos discutir se continuamos ou não a paralisação", esclareceu.

A Adufg, no entanto, informou que o sindicato representa, legalmente, os professores de todas as unidades do estado de Goiás.

 

Acordo

Conforme assessoria da Adufg, os docentes aprovaram a proposta do governo federal que ofereceu reajuste de 5,5% em agosto de 2016 e 5% em janeiro de 2017. Os benefícios oferecidos foram auxílio alimentação de R$ 458, auxílio saúde de em média R$ 145 por pessoa e pré-escolar no valor médio de R$ 321, também por pessoa. Esses valores devem ser implantados em janeiro de 2016.

Entre as reivindicações dos grevistas estava um aumento salarial de 27,3%, a reestruturação do plano de carreira, uma gestão mais democrática e a ampliação do leque de cursos de formação reconhecidos. Antes da proposta final, o governo federal ofereceu um reajuste de 21,3% dividido em quatro anos.