Enfim, semestre vai começar

Data: 30 de setembro de 2015

Veículo: O Popular

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Após 60 dias, professores encerram greve na capital e na cidade de Goiás. Em Jataí e Catalão, porém, paralisação continua

 

Professores da UFG em assembleia: na capital, volta às aulas; no interior, porém, a greve continua em alguns câmpus

 

Pedro Nunes

As aulas do segundo semestre da Universidade Federal de Goiás (UFG) devem, enfim, ter início a partir da próxima semana. A decisão foi tomada ontem pelos docentes da instituição federal, após uma assembleia geral no Centro de Cultura e Eventos do Câmpus Samambaia que determinou o fim da greve. A paralisação durou exatos 60 dias.

Os professores decidiram retomar as atividades na próxima segunda-feira, 5. “A ampla maioria dos quase 600 docentes que estiveram presentes na reunião votaram a favor de voltar às salas de aula”, afirmou o diretor presidente do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg), Flávio Alves da Silva.

As rodadas de negociações com o governo federal, no entanto, continuarão. “Temos alguns pontos que foram conquistados, mas outros que ainda devem ser esclarecidos. Por exemplo, a reestruturação de carreira que o governo não determinou quando e como será realizada. Se for feita em 2017, como o prometido, representará um aumento de 7 a 8% em nossos vencimentos, o que repõe as perdas inflacionárias”, completou o diretor.

Um dos avanços apontado por Flávio Alves foi o reajuste de 10,8% para os próximos dois anos, com a definição de um Grupo de Trabalho formado por docentes, Ministério da Educação e Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) para novas negociações em 2017. Outro ponto já anunciado pelo governo foi o aumento de benefícios como auxílio alimentação, assistência saúde e assistência pré-escolar.

No interior

Os professores do Câmpus da Cidade de Goiás também decidiram retomar as atividades. A situação do Câmpus Jataí, por outro lado, é mais complexa. Cinco dos 25 cursos ministrados pela UFG não foram finalizados no semestre anterior. O fim da greve, por lá, ainda não foi determinado. Uma reunião está prevista para amanhã para discutir o rumo da categoria.

Já a regional de Catalão decidiu, ontem, pela manutenção da greve. “Estamos esperando uma reunião do Comando Nacional de Greve no próximo dia 5 de outubro e só depois teremos uma assembleia para decidir pela manutenção ou não da greve”, relatou o professor Gonzalo Armijos.