Vídeos mostram redemoinhos de mais de três minutos em Goiás

Data: 03 de setembro de 2015

Fonte/Veículo: G1

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Fenômeno que acontece nessa época de seca no centro-oeste está assustando moradores. Veja como ele se forma.

 

Um fenômeno que acontece nesta época de seca no Centro-Oeste está assustando moradores de Goiás.

Um funil gigante e poeira. Muita poeira. O motorista gravou o redemoinho por mais de 3 minutos.

 

Um outro foi registrado pertinho de Goiânia. Valter estava na BR-153 e nem pensou duas vezes. Pegou o celular e saiu gravando. "Tenho um certo medo. É um pouco assustador, porque acredito que se ele chegasse no carro poderia dar uma balançada, gerar até um acidente”, diz ele.

 

Em Goiatuba, o susto foi grande. Parecia até cena de filme. Os homens tiveram que sair correndo. Marcelo também passou maus bocados. Ele estava trabalhando dentro de uma máquina, muito pesada, que tem um vidro bem grosso, e mesmo assim sentiu tudo tremer.

 

“Ele mudou o percurso, então ele veio para cima da máquina, então tinha que fazer mais nada. A gente esperou e ele passou em cima da gente mesmo”, lembra ele.

 

O fenômeno ocorre em locais mais abertos, como em uma lavoura ou em uma área de pastagem. O que acontece é o seguinte: o ar quente que está embaixo, na superfície, geralmente acima dos 30, 35 graus, ao subir para a atmosfera encontra uma camada de ar gelado, quase sempre em temperaturas abaixo de zero. É essa troca, essa movimentação intensa do ar quente e com o frio que provoca a formação dos redemoinhos.

 

Os ventos dentro do espiral podem chegar a 100km/h. Bem menos que a velocidade de um tornado: 300km/h a 400km/h. Mesmo assim, os redemoinhos também podem ser perigosos.

 

“Se tiver fogo na proximidade, porque ele vai ajudar a espalhar o fogo, ele vai virar o redemoinho de fogo”, alerta a climatologista da UFG Juliana Ramalho Barros.

Foi que aconteceu em uma plantação de cana em Santa Helena, a 180 quilômetros de Goiânia. As labaredas tomavam conta do canavial.

 

Quando o redemoinho se aproximou, um grande funil de fogo saiu levando as chamas para todos os lados.

 

“Embora ele seja natural e não seja perigoso, sempre é bom ter cuidado, não ir para lá para cima dele”, orienta Juliana.