Temperatura em prédio do TRT pode ter chegado a 500 graus

Data: 05 de outubro de 2015

Fonte/Veículo: O Popular

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Incêndio de grandes proporções atingiu o prédio em construção do TRT no último sábado, em Goiânia

 

 

O engenheiro contratado pela empresa responsável pela obra do Complexo Trabalhista de Goiás, Carlos Campos, que é mestre em Engenharia Estrutural pela UFG, disse que o incêndio que atingiu as instalações do prédio em construção pode ter feito com que a temperatura no local chegasse a 500 graus. Campos já começou a fazer uma análise estrutural sobre a extensão dos danos causados e divulgará ainda nesta tarde um laudo parcial sobre os danos causados pelo.

O engenheiro afirmou que após esse laudo inicial será possível definir os primeiros encaminhamentos para a realização da perícia, que, segundo ele, não poderá ser feita se tiver risco de desabamento. Ele explicou que o fogo foi mais “teatral” nesse caso do que danoso. “A primeira impressão pelas imagens da TV, e o que eu vi aqui na obra até chegar aqui na reunião, é que é um cenário devastador, terrível, muito teatral. Então na minha experiencia posso classificar isso como um fogo de palha de longa duração ”, comentou o engenheiro após reunião com a Presidência do Tribunal nesta manhã.

“Vamos ter vigas arrebentadas, pilares seccionados. É muito feio, mas é um dano de pouca monta”, destacou, lembrando que não houve queima de gás combustível, o que é muito danoso. O engenheiro disse que hoje vai analisar os reais riscos do incêndio e liberar acessos para possíveis escoramentos, possíveis zonas de segurança e para liberar a obra para limpeza e retomada.

Já o serviço de perícia estrutural mais aprofundada na obra não terá prazo para conclusão. “É difícil falar porque depende do dano, então nós não sabemos o dano estrutural da obra ainda”, disse. Nessa segunda etapa, que também já inicia hoje, o engenheiro vai extrair corpos de prova para avaliar a resistência do concreto, as deformações, o desaprumo de pilar, e poderá fazer ainda prova de carga. “Vamos fazer piscinas em cima dessas lajes, pra ver o que ela aguenta. Então é o dano que vai dar o tempo de peritagem”, concluiu.