Política educacional desmotivante

Data: 10 de outubro de 2015

Fonte/Veículo: O Popular

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Ontem à tarde, para uma plateia atenta, a professora Itatiara Teles de Oliveira lembrou que o currículo deve ser um instrumento norteador do trabalho do professor e do aprendizado do estudante, mas que o atual modelo não é satisfatório para nenhuma das partes. “O currículo brasileiro atual é hierarquizado, conteúdista e descontextualizado, o que não ajuda o trabalho do professor, nem entra de acordo com o que o aluno quer e precisa”, destaca. Ela ministrou no Pensar 2015 o minicurso Currículo Integrado e Ação Docente, um dos 20 minicursos realizados no Congresso.

Itatiara opina que a atual política educacional, no que se refere ao currículo, acaba sendo um elemento de desmotivação para aqueles que estão em sala de aula. Ela observa que o professor precisa conhecer de legislação e ter capacitação continuada para poder participar das discussões nacionais do MEC, que vai implementar em breve a Base Nacional Comum Curricular (BNC).

Outro tema do minicurso foram questões práticas, como o mau uso da tecnologia no ambiente escolar. “O professor não tem domínio da tecnologia e a vê como inimigo em sala de aula”, afirma. “De outro lado, o estudante usa essa tecnologia na sala de aula, seja um computador ou celular, porque ele não está motivado, o que leva à indisciplina. Como resolver essa equação é o que estamos tentando discutir aqui, até porque não existe um modelo perfeito ou ideal de currículo”, conclui Itatiara, que é mestre em História Cultural pela UFG e coordena a equipe de matriz curricular do ensino médio da Secretaria de Educação, Cultura e Esportes de Goiás (Seduce).