Alterações devem ser explicadas

Data: 12 de outubro de 2015

Fonte/Veículo: Diário da Manhã

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Revolta de moradores, que atearam fogo em seis ônibus, fez CMTC voltar atrás na alteração dos trajetos

 

Comunicação Social do MP-GO

O envio ao Ministério Público de Goiás, no prazo de sete dias, de toda a documentação relativa ao planejamento realizado pela Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) para implementação das alterações nos trajetos de linhas de ônibus que atendem a Região Oeste de Goiânia. Essa foi uma das deliberações tomadas em reunião realizada ontem (22) no MP para tratar das mudanças ocorridas no itinerário do transporte coletivo na região. As modificações implantadas causaram a insatisfação dos usuários, tendo um protesto realizado segunda-feira (21) resultado na queima de veículos da empresa Metrobus, responsável pelas linhas.

Os documentos relativos ao projeto de alterações serão enviados para a promotora de Justiça Maria Cristina de Miranda, titular da 12ª Promotoria de Goiânia, que instaurou na segunda-feira (21) inquérito civil público para apurar a questão. Também será encaminhado o contrato firmado com o Estado de Goiás que resultou no projeto de mudança das linhas. Foram agendadas no encontro outras três reuniões para discutir não só as modificações nas linhas de ônibus, mas outros problemas que afetam o transporte coletivo na Região Oeste.

Na reunião, o Ministério Público cobrou dos gestores do sistema a melhoria do diálogo com o próprio MP sobre as questões relativas ao transporte coletivo. Conforme ressaltou a coordenadora do Centro de Apoio Operacional do Consumidor, Alessandra de Melo Silva, a instituição pode contribuir e colaborar em propostas que busquem o aprimoramento do serviço prestado ao usuário. A necessidade de aproximação entre os órgãos envolvidos foi reforçada por Maria Cristina Miranda.

As promotoras também ouviram do presidente da CMTC, Murilo Ulhôa, explicações sobre os problemas ocorridos ontem, que levaram ao incêndio de seis veículos da Metrobus, e sobre a forma de implantação das alterações nas linhas. Ele garantiu que as mudanças foram devidamente divulgadas para a população. Os gestores classificaram a queima dos ônibus como atos isolados de vandalismo.

Os representantes da CMTC, da Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RMTC) e da Metrobus também confirmaram ao MP a deliberação de retomar provisoriamente os trajetos antigos dos ônibus nos horários de pico, mantendo as modificações de itinerário somente nos entrepicos. O apoio de veículos, em reposição aos que foram danificados, foi assegurado pela RMTC.

Além dos representantes da CMTC, RMTC e Metrobus, compareceram à reunião a delegada Nilda Andrade, titular da Delegacia Especializada em Investigação de Crimes de Trânsito de Goiânia (DICT) e a professora Érika Cristine Khelb, professora da Universidade Federal de Goiás (UFG) e especialista na área de transporte público.