Estudo da UFG aponta principais pontos de alagamento e inundação em Goiânia

Data: 16 de dezembro de 2015

Fonte: Diário de Goiás

Link da matéria:http://diariodegoias.com.br/cidades/21019-estudo-da-ufg-aponta-principais-pontos-de-alagamento-e-inundacao-em-goiania

 

Uma pesquisa desenvolvida pelo Laboratório de Climatologia (Climageo) do Instituto de Estudos Socioambientais da Universidade Federal de Goiás (UFG), aponta que a região Central de Goiânia é o local mais propício a identificação de alagamentos.

Segundo a coordenadora da pesquisa, Gislaine Cristina Luiz, a estrutura de drenagem da região Central não capta de forma eficiente o volume do escoamento superficial e ainda há áreas próximas aos córregos que, em função do relevo, declividade e rampas longas, tendem a acelerar o fluxo das águas em direção aos canais de drenagem, o que tem contribuído para causar transtornos em alguns pontos da cidade, como nas imediações da Marginal Botafogo.

No estudo, os pesquisadores analisaram a relação dos eventos pluviométricos com as áreas mais propensas a ocorrência de alagamentos e inundações na capital goiana, a partir de registros da Defesa Civil entre os anos de 2008 e 2012 e dados de chuvas, fornecidos pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Sistema de Meteorologia e Hidrologia de Goiás (Simehgo).

A pesquisa confirma que as chuvas rápidas, porém intensas, que ocorrem com frequência em Goiânia, entre os meses de outubro e março, favorecem o aumento do volume de água nos córregos e rios que cortam a malha urbana, fator que torna maior o risco de inundações em determinados locais.

De acordo com o estudo, as áreas próximas à planície do Rio Meia Ponte, onde deságuam alguns dos córregos da cidade, também são locais onde se evidenciam os alagamentos, pois têm capacidade de infiltração afetada pela impermeabilização e canalização de drenagem.

“A cidade de Goiânia já sente os efeitos das chuvas em se tratando de alagamentos, mesmo mediante episódios de baixa intensidade, com consequências cada vez maiores para a população”, diz Gislaine Luiz.

Ainda segundo a coordenadora da pesquisa, é possível amenizar esses processos, com a construção de estruturas para captar o fluxo superficial da água da chuva, com o intuito de retirá-la da superfície e redistribuí-la na bacia hidrográfica, de forma que atinja os canais de drenagem mais lentamente, diminuindo o tempo de pico da vazão. Medidas mais simples também são recomendadas, como o aumento de áreas permeabilizadas, tanto nas calçadas quanto nos canteiros centrais das vias públicas.