Conjuve e Educação conversam sobre ocupações

Data: 15 de janeiro de 2016

Fonte/Veículo: Goiás Agora

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Raquel Teixeira - Audiência do Conjuve

Foto: Gustavo Spud

A secretária de Educação, Cultura e Esporte, Raquel Teixeira, participou na tarde desta quinta-feira, dia 14, de uma audiência organizada pelo Conselho Estadual da Juventude (Conjuve). O diálogo reuniu três representantes do movimento que ocupa algumas escolas estaduais e protesta contra as Organizações Sociais na Educação.

Mediada pela vice-presidente do Conjuve, Aava Santiago, a audiência teve como foco a discussão sobre o papel da gestão compartilhada nas escolas. Para tanto, contou com um formato que permitiu exposição de ideias, dúvidas e esclarecimentos. A audiência foi realizada no auditório da Associação Comercial e Industrial do Estado de Goiás (Acieg) e durou cerca de duas horas.

Um aluno do Colégio Estadual Robinho Martins de Azevedo compôs a mesa e teve 20 minutos para abrir o diálogo. Durante o período, o estudante fez uma série de perguntas à professora Raquel Teixeira. Também compartilhou a fala com outros dois representantes do movimento: um aluno do Colégio Estadual Murilo Braga e outro do Colégio Estadual Jaime Câmara – este não está na lista de escolas ocupadas.

Desocupação
O grupo de alunos fez questão de frisar que as escolas não serão desocupadas. Além de solicitar a revogação da implantação das OSs, os estudantes também pediram a reabertura do Colégio Estadual José Carlos de Almeida. A referida unidade escolar foi fechada há mais de um ano por déficit de matrículas. À época, os alunos foram alocados em outras unidades e a desativação do prédio ocorreu de forma pacífica.

Outra reivindicação dos alunos diz respeito ao boato de que o Colégio Estadual Professor Pedro Gomes seria fechado. Diferente do que aconteceu na última semana, quando manifestantes foram à sede da Seduce para protestar, Raquel Teixeira conseguiu nesta tarde expor suas ideias e responder todas as questões levantadas. “O (colégio) Pedro Gomes continuará aberto, não sei de onde veio essa informação contrária”, afirmou.

“A implantação das OSs é uma determinação de governo, vai acontecer. O que fizemos nos últimos meses foi estudar um modelo interessante para os alunos, professores e sociedade em geral. Estamos chamando parceiros para nos ajudar a ter uma escola mais limpa, mais segura, mais organizada. Nosso objetivo é garantir um modelo bom e quero a contribuição de vocês. Conversem comigo, opinem, nós precisamos de boas ideias e podemos incluí-las no projeto”, disse a secretária.

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Foto: Gustavo Spud

A audiência também abriu espaço para exposição de opiniões de conselheiros e demais presentes, como professores da Universidade Federal de Goiás que marcaram presença. Sabrina Garcez, representante da sociedade civil, disse que a Educação precisa passar por um processo de melhoria. “Falo como cidadã, não como conselheira. Sou entusiasta desse modelo, acho que vale a pena experimentar”, comentou.

Convite
Raquel tornou a convidar os representantes das escolas ocupadas para mais conversas e propôs o levantamento de sugestões que pudessem melhorar a educação pública. “Estou aberta ao diálogo, eu quero ouvir o que vocês têm a dizer”, disse. A secretária também frisou fazer questão do acompanhamento do Conjuve no processo de escolha da OS que vai administrar 23 escolas no primeiro chamamento. Também convidou o Conselho para contribuir no diálogo para que o processo de desocupação das escolas seja feito de forma segura e pacífica.