Simeyzon debate energia fotovoltaica em Goiás

Data: 31/01/2016

Veículo: Diário da Manhã

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O grande desafio é uma legislação específica e condições para realização em Goiás

O deputado Simeyzon Silveira (PSC), presidente da Comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa e do Fórum Permanente de Assuntos Relacionados ao Setor Energético do Estado de Goiás, realizou na manhã desta sexta-feira, 29,a terceira reunião do Fórum, na sede da SindiLojas – Sindicato do Comércio Varejista no Estado de Goiás. Foi a primeira reunião do ano de 2016.

Nesta reunião foram proferidas três palestras de especialistas em energia Fotovoltaica. Os palestrantes foram Carlos Felipe (CAFE), presidente Do Studio Equinócio, de Belo Horizonte, Minas Gerais, e um dos maiores especialistas no assunto do país; Klenyo da Silva, representante do Grupo FCR; e Sérgio Duarte De Castro, diretor de Prospecção de Oportunidade de Negócios da Goiás Fomento.

Participaram aproximadamente 50 pessoas, entre membros permanentes e convidados. Estavam presentes Margareth Sarmento, do SindiLojas; Júlio Cesar Campos, Diretor da ACIEG; Valcedir Rosa, Gerente regional da Caixa Econômica Federal; Augusto Francisco Da Silva, diretor comercial da Celg GT; José Divino De Souza Santos, superintendente de sistemas elétricos da Celg D; Euler Bueno, presidente do Crea-GO; Alberto Elias, do Sebrae Goiás; e Antonio De Sousa Almeida, Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG).

Estavam presentes ainda Suelena Carneiro Caetano Fernandes Jaime, do Ministério Público do Estado de Goiás; Diogenes Aires De Melo, da Secretaria de Estado e Planejamento (SEPLANH); Professor Antônio Melo De Oliveira, da Universidade Federal de Goiás (UFG); Sevan Naves, geólogo e diretor da Empresa em Geologia e Serviços (EMGEOS); e Rene Pompeo de Pina, chefe de gabinete do presidente da Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos (SECIMA).

A reunião

Simeyzon abriu a reunião afirmando que o grande desafio do Fórum neste primeiro semestre de 2016 é entregar uma legislação específica para a questão da energia fotovoltaica, e que dê a condição para que estes projetos sejam estabelecidos em Goiás. A minuta deste projeto de lei foi apresentada na última reunião do Fórum, que ocorreu no dia 111 de dezembro de 2015.

“Cabe a nós fazer o movimento para que a energia renovável cresça cada vez mais, e, assim, ajudar a reverter a crise energética que passa o estado e também o Brasil”, disse o deputado.O primeiro palestrante foi Klenyo da Silva, que falou sobre a construção de uma usina de energia fotovoltaica na cidade de Itapuranga, que tem que funcionar até o ano de 2017.

Ele frisou que Goiás é o segundo melhor local para a instalação de energia fotovoltaica no país, de acordo com o índice solarimétrico.A usina que será instalada pela empresa terá potência de até 11,3 megawatts (MW), e deve funcionar a partir de setembro de 2017, podendo antecipar esta data. No total, segundo Klenyo, serão mais de 35 mil painéis instalados. O custo total é de R$ 58 milhões.

Programa de desenvolvimento

A segunda palestra foi de Sérgio Duarte De Castro, da Goiás Fomento, que apresentou o programa “Goiás Solar”.Segundo Sérgio, Goiás hoje está em potencial de igualdade com o Nordeste no caso da energia fotovoltaica. “Na verdade, podemos falar que Goiás está á frente. Temos aqui a mesma insolação, com menor temperatura. Portanto, em Goiás há uma maior eficiência energética”, disse.

O palestrante apresentou o “Programa Goiano de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva de Energia Solar”. Os objetivos do programa são: Organizar e incentivar o crescimento sustentável da demanda (geração distribuída); atrair e incentivar investimentos de Geração e na produção local de equipamentos; e promover pesquisas, desenvolvimento e capacitação na área de energia solar.

A terceira palestra foi de um dos maiores especialistas sobre energia fotovoltaica do país, Carlos Felipe (CAFÉ), Presidente Do Studio Equinócio, de Belo Horizonte, Minas Gerais, e teve como tema as “Experiências de Sucesso no Brasil e Estratégias para o Avanço das Matrizes Complementares em Goiás”.

Carlos Felipe mostrou números que provam o crescimento da energia solar e fotovoltaica no Brasil e também no mundo. Segundo o empresário, como já havia sido mostrado, o Brasil possui um grande índice solarimétrico. “Os locais com pior índice no Brasil são pelo menos 25, 30% melhores do que na Alemanha, um dos países com mais energia fotovoltaica instalada no mundo”, afirmou.

Para o especialista, é preciso, com urgência, fomentar uma regulamentação que facilite o processo de usinas coletivas em Goiás e no Brasil, já que estas beneficiariam tanto os moradores dos municípios, quanto o poder público.Carlos Felipe ainda mostrou a todos os presentes todos os possíveis tipos de utilização da energia fotovoltaica, desde residências e indústrias, a automóveis e baterias para celulares.

Ao fim, os membros e participantes do Fórum puderam fazer perguntas aos palestrantes. A próxima reunião, que será deliberativa, acontece na última sexta-feira do mês de fevereiro, no dia 26.