1ª Conferência pede criminalização da violência contra LGBT

Data: 20 de fevereiro de 2016.

Fonte/Veículo: Prefeitura de Goiânia

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Atualizado em 20/02/2016 16:19

Mais de 200 ativistas dos direitos humanos participaram da abertura do encontro, realizado durante todo o este sábado, 20. Para Pedro Wilson, a 1ª conferência será um marco na história do Movimento LGBT em Goiânia e no País. O tema este ano é 'Por um Brasil que criminalize a violência contra LGBTs'.

 

A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Políticas Afirmativas, realiza durante todo este sábado a 1ª Conferência Municipal LGBT. A abertura da conferência, no auditório da Faculdade de Odontologia da UFG, foi concorrida, com a presença de mais de 200 ativistas dos direitos humanos.

Após a apresentação do Grupo Batuque Feminista, o Secretário Pedro Wilson agradeceu a presença de todos e ressaltou a relevância da presença de tantos militantes. Pedro Wilson avalia que a partir da conferência o objetivo é desenvolver linhas de programas e projetos sociais de apoio legal para a defesa de vítimas de violência, principalmente para pessoas em situação de vulnerabilidade, e maior investigação e consequente punição dos agressores.

Segundo a secretaria municipal, a conferência é o primeiro passo de um tripé de ações planejadas para promover a cidadania para a comunidade LGBT em Goiânia. Os próximos passos são a criação de um conselho municipal e de um plano municipal com projetos, campanhas e atividades pró-direitos humanos. Para Pedro Wilson, a 1ª conferência “será um marco na história do Movimento LGBT em Goiânia e no País”.

Assessor LGBT, Odílio Torres agradeceu o prefeito Paulo Garcia e o secretário Pedro Wilson pela realização da 1ª Conferência. Torres denunciou que o Brasil possui um alto o índice de violência contra ativistas e a população LGBT em geral. O tema da conferência é 'Por um Brasil que criminalize a violência contra LGBTs'.

A abertura da Conferência teve como ponto alto uma homenagem prestada à memória de vítimas da homofobia, entre eles o jornalista goiano Lucas Fortuna, assassinado em novembro de 2012. O urbanitário Avelino Fortuna, pai do jornalista, emocionado, agradeceu a lembrança. Um grupo de ativistas travestis prestou homenagem a Ludmila Braz, vítima de AIDS. A travesti Roseanne Brasil denunciou o assassinato de várias colegas pelo simples fato de serem apenas travestis.

A conferência, que teve como primeira palestrante a coordenadora-geral de Promoção dos Direitos de LGBT da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Simmy Larrat, prossegue até o fim da tarde com extensa programação. São quatro eixos de discussão: políticas intersetoriais, pacto federativo, sistema nacional de promoção da cidadania, enfrentamento da violência e participação social; comunicação em direitos humanos; segurança pública, sistema de justiça e defesa dos direitos humanos para a população LGBT; e marcos jurídicos e normativos para o enfrentamento da violência contra a população LGBT.

Durante a conferência municipal serão eleitos delegad@s que representarão a capital na conferência estadual, marcada para os dias 26 e 27 de fevereiro, em Goiânia. Ambas são preparatórias à nacional, prevista para abril.

Várias outras autoridades participaram da abertura da conferência, entre elas: Delegada Laura, da Delegacia da Mulher, representando a Secretaria Estadual de Segurança Pública; Cássia Milhomem, da Secretaria Estadual Cidadā, representando o Governador Marconi Perillo; e a Superintendente da Pessoa com Deficiência, Cidinha Siqueira, vereadores e secretários/as municipais.

 

Cláudio Marques, da diretoria de jornalismo da Secretaria Municipal de Comunicação (Secom)

Fotos: divulgação SMDHGYN