Planejamento e prioridade ao pedestre

Data: 21 de fevereiro de 2016.

Fonte/Veículo: O Popular

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21/02/2016 05:00

No área de engenharia, falta à capital um monitoramento em tempo real para orientar as alterações no trânsito quando uma via esgota sua capacidade, causando os congestionamentos, argumenta o engenheiro civil Benjamin Jorge Rodrigues dos Santos. Ele explica que é preciso acompanhar a quantidade de carros que circulam em determinada via para planejar as operações de tráfego que podem evitar os congestionamentos: mudar o sentido da via, torná-la mão única ou coordenar os semáforos.

Segundo ele, a Secretaria Municipal de Trânsito (SMT) não monitora o trânsito porque seu corpo técnico é precário. Desde a década de 70 que a secretaria conta com os mesmos sete engenheiros. Santos afirma que o único estudo que é realizado pela SMT é o de Impacto de Trânsito (EIT), obrigatório quando se vai construir alguma nova obra.

Na opinião do perito Antenor Pinheiro, Goiânia não esgotou sua capacidade de ampliar o sistema viário, mas além de investir em vias e marginais, a Prefeitura deveria pensar nos espaços do pedestre e dos ciclistas. “Mas quando se trata de trânsito só se pensa em carro”, critica. A mesma crítica é feita pela professora da UFG Erika Cristine Kneib, doutora em transportes. Para ela, existe uma proposta de priorizar o pedestre e o ciclista, mas as vias continuam priorizando o asfalto, a velocidade e a fluidez. É necessário, defende, trocar o asfalto por outro pavimento que desestimule a alta velocidade.