Sem fiscalização, não há respeito

Data: 21 de fevereiro de 2016.

Fonte/Veículo: O Popular

Link direto para a notícia: http://www.opopular.com.br/editorias/cidades/sem-fiscaliza%C3%A7%C3%A3o-n%C3%A3o-h%C3%A1-respeito-1.1040991 

 

21/02/2016 05:00

O maior problema do trânsito em Goiânia é a falta de educação do motorista, que ignora as regras de trânsito, na opinião de Benjamin Jorge Rodrigues dos Santos. “Em outras cidades, quando o motorista vai mudar de faixa, ele sinaliza e o outro facilita a manobra; aqui, eles aceleram.” Depois, vêm os problemas da engenharia do trânsito e da fiscalização.

Na opinião do perito Antenor Pinheiro, a falta de educação não é da índole do goianiense, mas resulta da falta de fiscalização. “É a cidade que menos tem fiscalização”, diz, comparando Goiânia não apenas com as capitais brasileiras, mas também com cidades estrangeiras.

Professora da Universidade Federal de Goiás (UFG) e doutora em trânsito, Erika Cristine Kneib concorda. Segundo ela, os órgãos de trânsito investem apenas em propaganda e distribuição de panfleto. “Já está mais do que provado que isto não resolve. Só fiscalização e punição severas têm chance de reverter a epidemia que tanto mata todos os dias no trânsito.” Ela enfatiza que a educação se constrói com o respeito às regras e o respeito às regras de trânsito se constrói com fiscalização. “Se não houver fiscalização, não haverá respeito.”

Rigor

A especialista afirma que o trânsito em Goiânia chegou a um ponto tão nocivo à população que só pode melhorar com fiscalização e punição rigorosas. “Não há o menor respeito aos artigos mais básicos do Código de Trânsito, que são respeito à velocidade, ao sentido do tráfego e ao tempo de semáforo.”