Planejamento ajudou pouco, diz geógrafo

Data: 05/04/2016

Veículo: O Popular

Link da notícia: http://www.opopular.com.br/editorias/vida-urbana/planejamento-ajudou-pouco-diz-ge%C3%B3grafo-1.1064102

 

Geógrafo e urbanista, o professor da Universidade Federal de Goiás (UFG) Tadeus Arrais acredita que a grande dificuldade para se locomover a pé em Goiânia é consequência do modelo de desenvolvimento dos centros urbanos. Até a década de 1960, havia proximidade entre o local de trabalho e o de moradia, com cidades mais compactas e distância que permitia a mobilidade a pé. “Esse modelo de cidade acabou.”

Arrais acredita que quem mora no Centro de Goiânia caminha mais, em razão da proximidade do comércio e serviços, e de infraestrutura urbana mais diversificada.

O geógrafo é um exemplo. Morador do Centro, Arrais anda muito pelas ruas do bairro, mas não consegue manter o hábito de pedestre na locomoção para o trabalho, no Câmpus Samambaia, a mais de 20 quilômetros.

Incentivo

Uma cidade compacta com calçadas bem conservadas seria um convite para as caminhadas. O professor alerta, no entanto, que o planejamento urbano ajuda muito pouco. “É função do Poder Público reconhecer e planejar a cidade, fazer com que as pessoas se apropriem, conheçam e permaneçam nos locais.”

Arrais questiona quais atrativos teriam os pedestres na cidade, mesmo para ir a um parque, já que os arredores são cheios de problemas.