Goiano com síndrome rara ainda aguarda vaga em hospitais para transferência

Data: 25/04/2016

Veículo: Jornal A Redação

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Estado e prefeitura prometeram apoio | 25.04.16 - 17:39 

Goiano com síndrome rara ainda aguarda vaga em hospitais para transferência

(FOTO: ARQUIVO PESSOAL) Kamylla Rodrigues
 
Goiânia –
 O goiano Davi Lima de Souza, de 2 anos, continua aguardando uma vaga em hospitais de São Paulo ou de Porto Alegre que contam com centros especializados em Síndrome de Imunodeficiência Combinada Grave. As secretarias de saúde municipal de Goiânia e estadual informaram que estão aguardando a liberação da vaga para auxiliar no translado do paciente e da família.

Enquanto isso, Davi permanece internado no Hospital Araújo Jorge, na capital, acompanhado por uma equipe médica multidisciplinar. A transferência é necessária porque Goiás não conta com especialistas da área de gastroenterologia pediátrica. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), já foi pedido junto ao sistema nacional de regulação uma vaga na UTI pediátrica em unidades hospitalares de São Paulo e Porto Alegre que possuem o profissional capaz de conduzir o tratamento do pequeno Davi. 

A Secretaria Municipal de Saúde informou que, assim que a vaga for disponibilizada, vai acionar o programa de Tratamento Fora de Domicílio (TFD) para providenciar o suporte de UTI aérea e custear despesas com hospedagem da família da criança no local transferido. A SES garantiu que também vai auxiliar com o custeio do tratamento e o translado.

Uma liminar assinada na última quinta-feira (21) pela juíza Rozana Fernandes Camapum determinava que o município fizesse a transferência da criança em até 24 horas para o Hospital das Clínicas de Goiânia, mas a decisão não foi cumprida. A secretaria municipal informou que a unidade também não tem vaga e não oferece uma área adequada de isolamento infantil, estrutura que Davi necessita devido a sua baixa imunidade. 

O Hospital das Clínicas informou que a médica Danielli Bichuetti, que é professora da Faculdade de Medicina da UFG, especialista em Alergia e Imunologia, acompanha o caso do Davi e está fazendo um relatório médico sobre o paciente, a pedido do HC da USP, que vai avaliar a necessidade de transferência de Davi. 

 
Caso
Davi nasceu com Síndrome de Imunodeficiência Combinada Grave, mas a doença só foi diagnosticada quando a criança tinha um ano e meio. Ele chegou a passar por um transplante de medula óssea em dezembro do ano passado, que curou o problema imunológico. No entanto, a doença voltou a se manifestar afetando o tubo gástrico, que não absorve bem os alimentos e provoca diarreia crônica.

Ver o impasse na saúde e o filho de dois anos e oito meses pesando pouco mais de cinco quilos levou a mãe do menino, Aline Siqueira, a procurar ajuda nas redes sociais. “Estamos fazendo campanha para pedir socorro, porque precisamos de qualquer ajuda. Ele precisa ser transferido urgentemente”, afirmou.