Evento ajuda pequeno produtor a incrementar renda

Data: 02/05/2016

Veículo: Goiás Agora

Link da notícia: http://www.goiasagora.go.gov.br/evento-ajuda-pequeno-produtor-a-incrementar-renda/

 



Estudantes e produtores participaram das atividades. Foto: Emater / Nivaldo Ferr

Estudantes e produtores participaram das atividades.

Buscar soluções para as atividades dos pequenos agricultores. Com este objetivo, pequenos produtores e estudantes se reuniram na semana passada, em Urutaí, com cerca de 20 instituições parceiras, durante a Agro Centro-Oeste, evento que promoveu discussões técnicas e sociais e apresentou algumas ideias e soluções para uma agricultura familiar sustentável.

Uma vez por ano o evento acontece, e o próximo será realizado em Goiânia pela Universidade Federal de Goiás. A UFG já está em busca de parcerias para organizar a edição de 2017. O vice-reitor da instituição, Manoel Rodrigues Chaves, ressalta que o evento depende muito do Centro de Treinamento da Emater, que participa do evento desde a sua primeira edição.

A Emater se preocupa em fazer com que o público da agricultura familiar tenha “renda e dignidade”. A Agência conta com escritórios em 207 municípios oferecendo apoio técnico que contribui para o desenvolvimento do pequeno produtor.

O evento proporciona uma grande diferença na vida do produtor. Neste ano, a realização ficou por conta do Instituto Federal Goiano (IF Goiano), no câmpus de Urutaí. A Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater) realizou durante os três dias do evento, de 27 a 29, as oficinas de Filetagem de Peixe, Aproveitamento de Frutos do Cerrado na Culinária, Fruteiras do Cerrado e Recuperação de Pastagem com Utilização de Pastejo Rotacionado.

O especialista da Emater em aquicultura, Francisco Cabral Neto, ministrou a oficina Filetagem de Peixe utilizando a Tilápia e comentou que a demanda por capacitação nessa área é oriunda da criação de hábitos alimentares mais saudáveis entre a população. “O peixe é uma carne nobre com alto teor de proteína e pouco colesterol”, explicou o técnico para justificar o aumento da procura pela carne de peixe.

Sérgio Braz de Resende produz peixes redondos em Santa Cruz de Goiás, mas ainda não cria tilápia. O produtor participou do curso para aprender técnicas que tornem a criação dessa espécie vantajosa. “Pretendo começar a produzir tilápia para fazer o processamento do filé e colocar no mercado. Vim fazer o curso para aprender novas técnicas, aprender sobre mercado e novas tendências. Acredito que seja uma área promissora”, avaliou o produtor.

Os produtores Elmar e Sérgio pretendem investir na criação de tilápia para filetagem. Foto: Emater / Nivaldo Ferr

Os produtores Elmar e Sérgio pretendem investir na criação de tilápia para filetagem.

Servidora da Emater de Pires do Rio e esposa do produtor Sérgio Braz, Elmar Maria da Silva Resende também participou da oficina. A produtora comentou que a busca pela tecnologia de filetagem tem o objetivo de aumentar a renda da família. “Pensamos em ampliar a produção, criar tilápia e fazer filé, que é o que as pessoas mais gostam de consumir, para vender melhor”, informou Elmar Maria.

Negócios de família
Francisco Cabral destacou ainda a importância da participação de estudantes em oficinas como essa. “Muitos deles estão aqui porque os pais já investem na piscicultura. Então, eles terão oportunidade de contribuir para uma atividade que o pai já exerce há anos, mas não teve o privilégio de aprender novas tecnologias”, considerou.

Maxcilene de Oliveira Almeida é uma dessas estudantes que pretende investir num negócio de piscicultura com a família. “Vim do Tocantins para estudar e quero saber tudo de peixe”, afirmou a estudante do curso Técnico em Agropecuária do IF Goiano. Maxcilene faz planos de voltar à Comunidade Nazaré, no estado vizinho, e instalar tanques para a produção de pescado na propriedade da família.

Frutos do Cerrado

Curso de processamento de fruteiras do Cerrado ensinou a aplicar produtos na dieta.

Curso de processamento de fruteiras do Cerrado ensinou a aplicar produtos na dieta.

Também voltada para uma alimentação saudável e sustentável, a oficina Aproveitamento de Frutos do Cerrado na Culinária despertou interesse de cerca de 30 estudantes que lotaram a primeira edição do curso, na quarta-feira. “O Cerrado é a maior riqueza do goiano, mas que ainda não é aproveitado como deveria na nossa alimentação”, afirmou Janete Rocha, extensionista social da Emater responsável pela oficina.

Durante o curso, os participantes puderam acompanhar a elaboração de receitas e receber orientações sobre procedimentos de higienização e conservação de produtos como bolos, roscas, cupcakes e conservas. Entre os frutos utilizados na oficina estiveram o pequi e o baru.

Outros cursos
A Emater também realizou a oficina Fruteiras do Cerrado que levou informações sobre tecnologia e práticas sustentáveis de produção para agricultores familiares.

Produtores e estudantes também puderam aprender as vantagens de dividir áreas de pastejo, alternando os espaços em períodos de descanso e uso, durante a oficina Recuperação de Pastagens com a Utilização do Pastejo Rotacionado.

*Comunicação Emater