Modelos prontos necessitam de adaptação

Data: 30/05/2016

Veículo: O Popular

Link da notícia: http://www.opopular.com.br/editorias/vida-urbana/modelos-prontos-necessitam-de-adapta%C3%A7%C3%A3o-1.1094237

 

A professora da Universidade Federal de Goiás (UFG), arquiteta e urbanista Erika Kneib diz que é bom se inspirar em modelos de outras cidades, mas que é preciso tomar cuidado, pois “cada cidade é uma cidade”. A redução dos índices de acidentes não pode vir de soluções pontuais. Marcos Rothen, professor da Instituto Federal de Goiás (IFG) e especialista em trânsito, reitera que em outros países os programas têm continuidade, enquanto que em Goiânia, “parece que estamos sempre começando de novo”.

Rothen reforça que lá fora “uma morte no trânsito é uma tragédia, aqui estamos acostumados com isso”. Até por isso, lá há maior rigor na aplicação das multas, na exigência para obter habilitação e há educação de trânsito nas escolas. Outra diferença é que em cidades com mobilidade segura, os entes do trânsito estão preocupados com a segurança, enquanto que no Brasil existe uma rixa entre motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres.

No caso de Goiânia, é necessário que se reclassifique as vias, já que, sobretudo em bairros residenciais adensados, as ruas internas são vistas como uma alternativa às de maior movimento. “Quando isso acontece inicia-se a tendência de degradação de um bairro (principalmente residencial) e o aumento do número de acidentes, principalmente com pedestres”, diz Erika.

O perito em trânsito, Antenor Pinheiro, também indica a configuração viária como medida essencial, de modo que se dê prioridades ao transporte coletivo e o não motorizado. Ele afirma que é preciso mais atitude e agilidade dos órgão preventivos e processantes para que os crimes tenham severa observação judicial.