As Ritxoko são bonecas de cerâmica produzidas pelas mulheres do povo Karajá, registradas em 2012 como Patrimônio Imaterial Brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A proposta desse reconhecimento cultural se deu por meio da pesquisa Bonecas Karajá: arte, memória e identidade indígena no Araguaia, realizada pelo Museu Antropo­lógico da Universidade Federal de Goiás (UFG).

Além de subsidiar o registro da Boneca Karajá no Livro de Registros do Patrimônio Imaterial do Brasil, os projetos executados por pesquisadores do Museu Antropológico da UFG resultaram em diversos materiais, como relatórios de consulta restrita, um dossiê descritivo sobre o modo de fazer ritxoko, uma coleção de fotografias e dois documentários de curta e média metragem intitulados Ritxoko. O dossiê, a coleção de fotografias e os documentários estão disponíveis no site do Iphan.

Integrando o Projeto Nação e Região, do Programa de PósGraduação em Antropologia Social (PPGAS/UFG), e tendo como base as bonecas de cerâmica dos Karajá, mais um material foi publicado este ano. Sob a organização da professora Telma Camargo da Silva, a coletânea Ritxoko reúne artigos com temas como gênero e sociedades indígenas, identidade étnica, objeto e corporalidade, memória, resiliência, entre outros assuntos.

 

Povo Karajá

O povo Karajá se distribui em aldeias pelos Estados do Pará, Mato Grosso, Tocantins e Goiás. O modo de se fazer as expressivas Ritxoko é tradicional, transmitido de geração a geração ao longo dos tempos. Todo o processo, desde a modelagem até a venda, é feito pelas mulheres do grupo. As ceramistas de diferentes locais imprimem características próprias em suas produções, baseadas na matéria-prima disponível, em sua habilidade, preferência, demanda, entre outros fatores.

Professora Telma Camargo narra a importância das bonecas Ritxoko para o povo Karajá em uma coletânea lançada em junho de 2016

Professora Telma Camargo narra a importância das bonecas Ritxoko para o povo Karajá em uma coletânea lançada em junho de 2016

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