“Lutar é direito. HIP HOP é luta!”

Data: 16/07/2016

Veículo: Diário da Manhã

Link direto para a notícia: https://impresso.dm.com.br/edicao/20160716/pagina/31/conteudo/cultura/2016/07/lutar-e-direito-hip-hop-e-luta.html 

 

Acontece neste sábado a 4ª edição da Tenda Cultural Cala Boca Já Morreu

 

Acontece neste sábado, a partir das 18 horas, a quarta edição da “Tenda Cultural Cala Boca já Morreu”, cujo tema será “Lutar é direito. HIP HOP é luta”! O evento é uma realização do Centro Cultural Eldorado dos Carajás e o Coletivo Natividade, e pretende levar manifestações artísticas para a região noroeste de Goiânia. As principais atividades serão a palestra “Lutar é Direito”, ministrada pelo professor doutor Manoel Calaça, da Universidade Federal de Goiás; batalhas de rima, no comando de Wilton Scafandrista (Pangeia Cultural); biblioteca ambulante com empréstimo de livros; exibição de curtas-metragens, e apresentações musicais de Mano CDJ (Hip Hop em Cena –TV UFG), MC D.VOLT, Jimy, Nariyuki MC, Ministério do Rap e Mandelas Crew.

 

Cultural El Dorado dos Carajás

Fundado em abril de 2004, o Centro Cultural El Dorado dos Carajás fica situado na Avenida Comercial, no Jardim Nova Esperança, Goiânia. O intuito principal do movimento é promover a inclusão cultural das regiões periféricas goianienses. A cultura, forma de comunicação do indivíduo e do grupo com o universo, é uma herança, mas também um reaprendizado das relações profundas entre o homem e seu meio, um resultado obtido através do próprio processo de viver, incluindo o processo produtivo e as práticas sociais. A cultura é que nos dá consciência de pertencer a um grupo, do qual o cimento é o território em que vivemos. A cultura não provém do simples fato de se viver num lugar, mas da comunhão que com ele mantemos”, diz Milton Santos, um dos idealizadores do Centro Cultural El Dorado dos Carajás.

Em busca de novos caminhos políticos e culturais, e ainda valorizando os já encontrados, o Centro Cultural El Dorado dos Carajás dirige-se especialmente a alunos, professores e administrativos de escolas públicas, cujo potencial criativo não encontra espaço para fora dos limites da vivência escolar. Os principais objetivos do CCEC é: “Promover atividades educacionais, de formação e culturais na perspectiva de seus objetivos; promover e apoiar todas as formas de manifestação da cultura popular; incentivar comportamentos de participação, organização e solidariedade, criando e/ou estimulando, para esse fim, atividades, movimentos, organismos; criar, aperfeiçoar e transmitir uma metodologia que instrumentalize os seus objetivos, assim como divulgar resultados de pesquisas, estudos, experiências educativas e de avaliação.” Como? Através de cineclubes, seminários, cursos, debates, e a promoção de eventos ds mais variadas manifestações artísticas (música, teatro, dança, literatura).

O Centro Cultural El Dorado dos Carajás, em onze anos de atividade, conquistou os prêmios: Prêmio Ponto de Cultura de Valor: Minc/Unesco por um trabalho sobre racismo; Prêmio Aretê Minc pelo trabalho com juventude; Prêmio Ponto de Leitura Biblioteca Nacional; Prêmio Asas II Minc; Prêmio Residência Artística/ Funarte; Mérito Cultural Governo de Goiás; Prêmio Buriti – Secretaria Municipal de Cultura.

 

Pangeia Cultural

A batalha de rimas da quarta edição da “Tenda Cultural Cala Boca já Morreu” será comandada por Wilton Scafandrista, diretor da Pangeia Cultural, mestre de cerimônia do evento e historiador pela Universidade Federal de Goiás. Um movimento cultural de formação da juventude, de ações sócio-afirmativas, através da cultura hip hop e o movimento sound system. “A Tenda Cultural é a representação da ocupação artística na periferia, através do hip hop, a batalha de MCs, com a relação de empoderamento e emancipação da população me estado de vulnerabilidade. No Bairro Nova Esperança, especificamente, que é um trabalho feito pelo El Dorado dos Carajás. Na batalha do conhecimento, nós trabalhamos com a formação do indivíduo na sociedade, emancipados através do conhecimento. As batalhas são uma atividade de interação com a plateia, que sugere temas. Os MCs servem de porta-vozes desses questionamentos da população do Nova Esperança”, explica Wilton. Segundo ele, os MCs tem 30 segundos para darem a “resposta” à plateia, com relação às sugestões de tema. “É um exercício de emancipação. Não aceitamos a propagação do discurso hegemônico, racista, homofóbico, misógino, que quebra a sororidade. Sempre mantendo o respeito à diversidade”, conclui.

 

4ª Tenda Cultural Cala Boca já Morreu

Local: Praça da Paz, Jardim Nova Esperança, Goiânia

Data: 16/07 (sábado)

Horário: 18h às 22h