Ciência sem Fronteiras: Saem os alunos de graduação, entram os do Ensino Médio

Data: 28/07/2016

Fonte/Veículo: O Popular

Link da notícia: http://www.opopular.com.br/editorias/vida-urbana/ci%C3%AAncia-sem-fronteiras-saem-os-alunos-de-gradua%C3%A7%C3%A3o-entram-os-do-ensino-m%C3%A9dio-1.1123429 

 

Ciência sem Fronteiras: Saem os alunos de graduação, entram os do Ensino Médio

Bolsas serão destinadas a estudantes de escolas públicas que desejam aprender línguas. MEC deve anunciar alterações em breve

Entre os pontos levantados pelo governo federal para propor a mudança está a necessidade de as instituições participantes desempenharem um papel mais ativo no processo de mobilidade acadêmica. A nota enviada pelo MEC diz ainda que o custo elevado da graduação sanduíche também foi outra dificuldade encontrada, já que o valor para atender 35 mil bolsistas em 2015 foi igual ao montante destinado à alimentação escolar de 39 milhões de alunos da rede pública.

A notícia ainda não foi informada oficialmente às universidades. Coordenadora de assuntos internacionais da Universidade Federal de Goiás (UFG), Ofir Bergemann acredita em prejuízo para os interessados, já que esta é a bolsa que mais oferece vagas para alunos. “Mas ainda temos outros convênios e bolsas tradicionais, como o Brafragri e o Branetec. Espero que eles sejam ampliados e ainda possam garantir que alunos tenham a experiência de estudar fora, de melhorarem seus currículos acadêmicos, bem como o aproveitamento do curso.”

Ofir Bergemann concorda com a necessidade de discutir o programa e até de redefinir regras, mas ela ressalta que é um programa importante. Em 2015, 477 alunos da UFG viajaram para outros países em busca de experiências acadêmicas internacionais. No ano anterior, haviam sido 532 e em 2013, 373. Mas desde 2014 não há novas chamadas para o programa. Segundo o MEC informou em nota, o fim da concessão já estava previsto, mas os beneficiados que ainda estão em viagem não devem ser prejudicados.

Um desses estudantes que ainda fazem parte do programa é Yan de Lima. Ele tem 22 anos e cursa Engenharia Ambiental e Sanitária na UFG. Morando em Dublin, na Irlanda, desde julho do ano passado, ele entende que o programa Ciência Sem Fronteiras é uma iniciativa que acrescenta muito na vida acadêmica e profissional dos seus participantes, principalmente quando se leva em conta o interesse com os trabalhos relacionados a pesquisas científicas e desenvolvimento tecnológico.

“Muitos dos meus colegas se mostraram muito interessados em participar e desenvolver projetos e estudos nas respectivas áreas de atuação de seus cursos, caso recebessem o financiamento necessário. Eu também. Talvez essa seja uma falha do sistema: ao chegar de volta no Brasil, encontramos uma realidade de incentivo muito diferente da que vivenciamos no exterior.”

Goianos do Ciência Sem Fronteiras
Mudança de foco
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