PROJETO PROMOVE O ATO DE BRINCAR COMO MÉTODO TERAPÊUTICO PARA CRIANÇAS INTERNADAS NA SANTA CASA DE CATALÃO

Data da notícia: 18/08/2016

Veículo: Portal Catalão

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Brinquedoteca Hospitalar é um projeto desenvolvido por professores e alunos da UFG Regional Catalão

Professores e alunos dos cursos de Enfermagem, Psicologia e Pedagogia da Regional Catalão da Universidade Federal de Goiás (UFG) criaram o projeto de extensãoBrinquedoteca Hospitalar: atuação interdisciplinar, que mantém uma brinquedoteca em funcionamento diário na Santa Casa de Misericórdia de Catalão.

 De acordo com a professora Juliana Martins de Souza, coordenadora do projeto, surgido de uma disciplina do curso de Enfermagem, “a instituição contava com um espaço destinado à brinquedoteca e valorizava a importância do brincar, mas não tinha recursos humanos e materiais para mantê-la”. Em outubro de 2014, os alunos de Enfermagem arrecadaram brinquedos e materiais para decoração do ambiente da brinquedoteca. 

 

Inicialmente, o projeto, que já atendeu cerca de 600 crianças, era voltado para pacientes da unidade de internação pediátrica do Sistema Único de Saúde (SUS). Mas, este ano, as atividades passaram a ser realizadas, também, no Pronto Socorro e na unidade de atendimento particular e de convênios. As atividades realizadas pelos alunos com as crianças são diárias, no horário das 9h00 às 12h00 e das 14h00 às 17h00, inclusive em finais de semana e feriados.
Entre as crianças internadas, predominam problemas respiratórios (gripes, pneumonias, asma e bronquite), diarreia, pós-cirúrgicos, acidentes de trânsito, acidentes domésticos e patologias diversas. Nos últimos meses, foi observado, também, um aumento nos casos de dengue e H1N1.

 

Atividades

 

Na brinquedoteca, há oficinas de desenho, pintura e contação de histórias; além de jogos como boliche, bola, dominó, quebra-cabeça e brinquedos de encaixar. As crianças podem brincar com carrinhos e bonecas e têm, ainda, momentos com músicas e filmes infantis.

  

As atividades recreativas são realizadas no leito do paciente ou no espaço da brinquedoteca, levando-se em consideração a vontade e as limitações da criança. Segundo a professora Juliana Martins, rapidamente é possível notar a melhoria em relação à aceitação do ambiente hospitalar, ao vínculo e à afetividade tanto da criança (paciente), quanto da família (acompanhante).

 

Benefícios

 

A brinquedoteca proporciona um atendimento mais humanizado à criança e sua família. Crianças que se veem em situação de internação ficam submetidas a sentimentos de estresse e confusão, podendo interpretar isso como uma forma de punição.

 

O brincar ameniza esses traumas, proporcionando à criança uma nova perspectiva do hospital, ajudando-a a se preparar para vivenciar situações com as quais não tem familiaridade. A brincadeira faz parte do processo de recuperação, que é uma modificação da rotina da criança.

 

Aos alunos de Enfermagem e Psicologia, o projeto “possibilita uma aproximação com os cenários de prática e contato direto com a criança, família e equipe de saúde, permitindo que o aluno relacione as atividades de extensão, pesquisa e ensino”, explica Juliana Martins. Além dos turnos na brinquedoteca, os alunos participam de grupos de estudos sobre a temática do brincar e infância e o caráter interdisciplinar do projeto possibilita a integração, a troca de experiências e o fortalecimento do trabalho em equipe.

 

A brinquedoteca hospitalar atua, também, como uma facilitadora da comunicação entre profissionais da saúde, as crianças e seus familiares, pois propiciam tranquilidade, descontração, descanso e aumento da segurança.