Prêmio Biozeus de Inovação para o Mercado contempla projetos de novos fármacos a partir de venenos de cobra e aranha

Data: 07/09/2016

Veículo/fonte : Portal fator Brasil 

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Com total de R$ 10 mil em prêmios, os ganhadores da Uniararas, Instituto Butantan e Universidade Federal de Goiás apresentaram projetos que contribuem para necessidade médica global, entre eles novas moléculas com potencial para prevenção de doenças como Alzheimer e Parkinson. A Federação de Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE) e a biofarmacêutica Biozeus realizaram o Prêmio Biozeus de Inovação para o Mercado, que contemplou três pesquisadores nacionais, com intuito de promover o desenvolvimento de projetos em novos fármacos de uso humano.

O evento ocorreu durante a sessão de encerramento da XXXI Reunião Anual da FeSBE, 1º de setembro, em Foz do Iguaçu, Paraná. Durante a entrega, o endocrinologista e gerente da Biozeus, Dr. Paulo Lacativa, ressaltou a importância da inovação em novos fármacos para saúde humana e do papel desempenhado pela biofarmacêutica nesse segmento. “O prêmio é um incentivo aos pesquisadores brasileiros que sonham em transformar suas descobertas em produtos que possam beneficiar a sociedade. E se o pesquisador tiver este sonho, a Biozeus é uma boa opção para realiza-lo, por ser capaz de desenvolver o projeto além da fase de descoberta inicial para a prova de conceito em seres humanos”, ressalta Lacativa. Em primeiro lugar, o vencedor Prof. Dr. Daniel Batista da Cunha, do Centro Universitário Uniararas, em São Paulo, recebeu prêmio de R$ 5 mil pelo projeto “Purificação de uma protease básica de baixo peso molecular com atividade antibacteriana de cascavel”. Trata-se de um estudo para avaliar o potencial de substâncias ativas (fragmento de proteína) extraídas do veneno de cobra Cascavel (Crotalus durissis terrificus) para combater infecção bacteriana, com potencial para agir naquelas resistentes aos antibióticos atuais. Já em segundo lugar, o prêmio de R$ 3 mil foi para a pesquisadora Lhiri Hanna De Lucca, do Instituto Butantan, de São Paulo.

Sua equipe estudou a Fosfolipase D – principal substância responsável pela reação inflamatória intensa, causada pelo veneno da aranha Loxoceles gaúcho (ou aranha marrom). Tal descoberta poderá contribuir na produção de um novo tratamento contra o veneno desta aranha. A pesquisadora Adriana Ferreira da Brito, da Universidade Federal de Goiás, recebeu R$ 2 mil pelo terceiro lugar, com o projeto “Avaliação do perfil antioxidante de novos candidatos a protótipos de fármacos para o tratamento de doenças neurodegenerativas”. O grupo se baseou no fato que produtos derivados do oxigênio podem causar lesões celulares, inclusive neurológicas, provocando doenças do sistema nervoso central, como Alzheimer, Parkinson e outras formas de demência. Os pesquisadores da UFG sintetizaram uma série de novas moléculas e testaram sua ação, a fim de impedir a formação de tais produtos derivados do oxigênio considerados nocivos para os neurônios. O mais interessante é que foram encontradas evidências de como inibir esse processo e, assim, desenvolver um tratamento capaz de prevenir tais doenças.

A Biozeus —Criada em 2012, a Biozeus é uma empresa biofarmacêutica brasileira com foco na translação de pesquisas acadêmicas nacionais para o desenvolvimento de medicamentos — classificados como inovações radicais e promissores em atender necessidades médicas reais — em direção ao mercado farmacêutico global. Com investimentos do Fundo BBI Financial, fundo brasileiro de venture capital voltado exclusivamente para o segmento de Ciências da Vida, a Biozeus tem a expertise científica e de negócios para buscar, selecionar, investir e conduzir as diversas etapas de desenvolvimento e comercialização de fármacos, desde os estágios iniciais até a etapa quando o projeto é licenciado para a indústria farmacêutica, que assume a fase final do desenvolvimento e comercialização global.