GOIÁSGENÉTICA EM GOIÂNIA, MOSTRA OS CAMINHOS NA PRODUÇÃO DE CARNE ZEBUÍNA DE ALTA QUALIDADE

Data: 06/09/2016

Veículo: Sindicarne

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Um grande público se fez presente no primeiro dia da GoiásGenética”.

Um grande público se fez presente no primeiro dia da GoiásGenética”.

Aberta oficialmente nesta terça-feira, prosseguirá até o dia 11 deste mês de setembro, a GoiásGenética. Trata-se de um evento coordenado pela Associação Goiana dos Criadores de Zebu e parceiros, cujo objetivo é mostrar aos pecuaristas, técnicos e estudantes, como o melhoramento genético dos animais pode influenciar na qualidade da carne, em especial o Zebu.

Até o final, os participantes poderão conhecer os programas de melhoramento genético. Paralelamente, poderão ver inclusive os programas de financiamento na compra de animais, como primeiro passo para o melhoramento do rebanho nas fazendas que ainda necessitam dessa ferramenta: a alta genética.

Bezerras de dez meses e já inseminadas, da Fazenda Candeias, de Clarismino Luiz Pereira

Bezerras de dez meses e já inseminadas, da Fazenda Candeias, de Clarismino Luiz Pereira

A sexta edição da GoiásGenética trouxe especialistas renomados que abordarão temas relacionados a manejo, nutrição e, principalmente, como a genética zebuína pode influenciar positivamente os resultados da pecuária. É grande a demanda de pessoas prestigiando a iniciativa. A grande maioria dos inscritos é de estudantes universitários da capital e do interior do Estado de Goiás. Segundo a coordenadora acadêmica da GoiásGenética, médica e pecuarista Ana Passani, este ano cerca de  538 alunos se inscreveram. Segundo Ana, o número só não foi maior porque a estrutura não comporta toda a demanda. Com o correr dos anos, acredita ela que as demandas vão aumentando, bem como as condições para atender a todos os interessados.

Abertura

 

A abertura oficial foi feita pelo presidente da Associação Goiana dos Criadores de Zebu, médico e pecuarista Wagner Miranda. Ele deu as boas vindas aos participantes, agradeceu a todos que estão contribuindo direta ou indiretamente para a sua realização, principalmente as empresas parceiras e entidades como a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Goiás- Faeg; o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural-Senar; a Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura-SGPA; o governo do Estado, a Prefeitura de Goiânia, a Nelore Goiás, o Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados – Sindicarne e a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu-ABCZ.

Wagner Miranda: “A GoiásGenética é o novo caminho para a pecuária de resultado”

Wagner Miranda: “A GoiásGenética é o novo caminho para a pecuária de resultado”

Salientou o presidente da AGCZ que a GoiásGenética tem encontrado ótima receptividade por parte dos participantes entre pessoas físicas, empresas, entidades de classe e órgãos governamentais. Isso motiva os coordenadores no sentido de que trabalhem muito visando o crescimento do evento, uma realidade a cada ano.

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Marco Pedrosa: “Este evento é para todos, pequenos, médios e grandes pecuaristas”

O  segundo a falar foi o Diretor Técnico da GoiásGenética e também membro da atual diretoria da AGCZ, pecuarista Marco Pedrosa.  Segundo ele, o evento é um passo a mais no sentido de mostrar aos presentes e outros seguimentos interessados, como terem acesso à  alta tecnologia para a criação de bovinos, na busca de carne de qualidade. Pedrosa esclareceu que mesmo  sendo um evento focado em alta tecnologia, ele é voltado para todos, seja o pequeno, o médio ou o grande produtores. Enalteceu a presença dos universitários que segundo ele, os futuros profissionais que vão mostrar os novos caminhos da pecuária nacional, orientando muitos pecuaristas que ainda insistem em adotarem tecnologias ultrapassadas sem resultados positivos.

Hugo Goldfeld: “Falta exigir da Embrapa, mais pesquisas sobre capins”

Hugo Goldfeld: “Falta exigir da Embrapa, mais pesquisas sobre capins”

Em seguida falou o presidente da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura, empresário Hugo Cunha Goldfeld. Para ele, o Brasil caminha a passos largos no sentido de se tornar em breve tempo, no maior produtor mundial de alimentos. Porém, devemos trabalhar duro nesse sentido porque temos em potencial, outras nações que podem concorrer conosco inclusive na África que ainda está adormecida mas pode acordar e se transformar  numa potência mundial de alimentos. Para tanto, tem clima, água e terras férteis como o Brasil, disse ele.

Goldfeld salientou ainda que o Brasil está no caminho certo na busca de altas tecnologias definindo genética para nossos rebanhos. No entanto, “devemos cobrar dos órgãos do governo, principalmente da Embrapa, pesquisas mais aprofundadas sobre a produção de pastagens eficientes”. Segundo Hugo, não adianta criar boi de qualidade se não temos capim de boa qualidade para esses animais.

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Luiz Maronezi que na oportunidade, representou o Governador Marconi Perillo

Outro que discursou foi o Secretário de Desenvolvimento do governo do Estado, Luiz  Maronezi que, na oportunidade, representou também o governador Marconi Perillo. Ele enfatizou os benefícios que um evento dessa natureza pode trazer para os pequenos médios e grandes produtores. “ É a tecnologia e a genética ao alcance de todos”- salientou, parabenizando os coordenadores da GoiásGenética.

José Mário Schreiner: “Temos que ficar de olho no governo que pode travar ou acelerar o agronegócio”

José Mário Schreiner: “Temos que ficar de olho no governo que pode travar ou acelerar o agronegócio”

O último a discursar foi o presidente da Federação da Agricultura e  Pecuária do Estado de Goiás e vice-presidente da Confederação Nacional da Agricultura – CNA, José Mário Schreiner. Segundo ele, “o produtor brasileiro está receptivo quanto às novas tecnologias e em tudo aquilo que ele pode administrar.” José Mário incentivou os presentes a ficarem de olho nos movimentos do governo em Brasília, visto que ele pode acelerar ou travar o processo de produção de alimentos.

Em outro trecho de seu discurso, José Mário Schreiner elogiou a recente decisão do Ministério da Agricultura no sentido de acabar com o excesso de burocracia tanto para a produção quanto para a comercialização de produtos derivados do agronegócio, inclusive para o exterior. José Mário disse que o Brasil é tão burocrático que exige de si mesmo para vender seus produtos, quando muitos compradores do exterior não exigem certos procedimentos. Um deles é o congelamento de carne suína a 18 graus quando o exigido internacionalmente, é 12. Outra crítica foi com relação a  embalagens com inscrições não exigidas pelos compradores.

Palestras

 

A primeira palestra  esteve a cargo da professora Ângela Adamski, da Universidade Federal de Goiás. Ela abordou o tema “As Perspectivas da Nutrigenômica em Gado de Corte.”Trata-se de assuntos ligados as influências da boa nutrição para animais de alta genética. Na verdade, foi uma aula científica endereçada principalmente aos alunos universitários que participam do evento.

Professora Ângela Adamski, da UFG, falou sobre a importância da alimentação

Professora Ângela Adamski, da UFG, falou sobre a importância da alimentação

No primeiro dia de conferências, foram abordados também assuntos relacionados a rastreabilidade do gado e o confinamento no acabamento de rebanhos de corte. Para esta quarta-feira, estão programadas palestras abordando ferramentas Genômicas para Qualidade da Carne; O Desempenho de Touros Jovens e  Produção de Bezerros Super-Precoces.