Estudantes goianos ouvidos pelo neste sábado (3) avaliam as questões de química como as mais difíceis do primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para os candidatos que tiveram a prova adiada devido à ocupação de unidades de ensino. Porém, no geral, os inscritos consideram que o nível da prova estava dentro do esperado.
“Acho que a prova foi razoável. As questões de química foram as mais difíceis”, opina Ana Carolina Machado, de 17 anos, que deseja cursar psicologia.
Iasmini Claudiano de Oliveira, 17 anos, tem a mesma opinião. A adolescente, que quer ingressar em uma faculdade de direito, afirma que havia questões de todos os níveis de dificuldade. “Achei que tinha questões fáceis e algumas bem difíceis. Química eu acho que foi a matéria mais difícil”, avalia.
A maioria dos candidatos considera a prova do Enem adiado do mesmo nível da aplicada em outubro. No entanto, alguns avaliam que a diferença de datas proporcionou mais tempo para se prepararem. Outros reclamam, pois dizem que ficaram mais ansiosos com o adiamento
Candidatos que perderam o primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), neste sábado (3), alegaram que chegaram atrasados por causa do trânsito, em Goiâniax. Os portões das unidades de ensino fecharam às 13h.
Uma das inscritas que perderam o exame é Aline Costa Ferreira, de 19 anos, que deseja cursar nutrição. Ela deveria fazer o exame no prédio da Universidade Paulista (Unip). “Estava trabalhando, peguei transito e não deu tempo. Estudei para essa prova. Saí de casa achando que ia dar tempo e deu errado”, declarou.
Mesmo como treineiro, Guilherme Oliveira, de 15 anos, também ficou chateado por não conseguir fazer a prova deste sábado. Ele chegou cerca de dez minutos atrasado.
“Eu moro no Setor Crimeia. Daqui até lá são 40 minutos. Cheguei 11 minutos atrasado. Sabia que fechava às13h. Estudei muito para a prova. Queria fazer. Fiquei Chateado”, disse o adolescente.
Muitos candidatos correram para chegar à Unip antes dos portões fecharem. Uma das últimas a entrar foi uma mulher com deficiência física, que contou com auxílio de outras pessoas para acessar o prédio.
Enem
Os cerca de 10 mil candidatos que fazem o Enem neste final de semana são os que tiveram os locais de prova ocupados por manifestantes. Os demais inscritos fizeram o exame nos dias 5 e 6 de novembro.
As provas têm um total de 180 questões de múltipla escolha e uma redação, e seguem a mesma organização do Enem aplicado no mês passado. No sábado, os participantes têm quatro horas e 30 minutos, entre as 13h30 e 18h, para responder as questões de ciências humanas e ciências da natureza.
Já no domingo, serão aplicadas as provas de linguagens e códigos, que englobam português e língua estrangeira (inglês ou espanhol) e de matemática, além da prova de redação. Nesse dia, a duração máxima do exame é de cinco horas e meia, ou seja, das 13h30 e 19h.
Os sabatistas, alunos que guardam o sábado por questões religiosas, deverão chegar aos locais de prova entre 12h e 13h, no horário de Brasília. No entanto, a prova será aplicada às 19h, também no horário da capital federal. Já no domingo eles farão o exame no mesmo horário que os demais estudantes.
Candidatos correm para não perder a prova em Goiânia (Foto: Vanessa Martins/ )
Ocupações
Os estudantes que fazem as provas neste fim de semana tiveram as provas adiadas por conta das ocupações em 15 unidades de educação que seriam locais de provas em Goiás. As instituições foram ocupadas por grupos de estudantes contrários à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que limita os gastos públicos para os próximos 20 anos.
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG) estava 9 sedes ocupadas. Já a Universidade Federal de Goiás (UFG) teve três locais de provas ocupados. O Instituto Federal Goiano (IF Goiano) teve dois. Já a Universidade Estadual de Goiás (UEG) teve uma unidade ocupada. A única unidade de ensino que continua ocupada em Goiás é o campus do IFG em Formosa, no Entorno do Distrito Federal.
Estudantes se protegem da chuva em frente ao local de provas em Goiânia (Foto: Vanessa Martins/)