Consuni aprova gestão de terceirizada em hospitais da UFG

Data: 15 de dezembro de 2014

Veículo: DM Onine

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Em reunião tumultuada conselheiros univrsitários votaram a favor da adesão à entrada da empresa no Hospital das Clínicas

Na última quarta-feira, dia 10, o Conselho Universitário (Consuni) aprovou novamente, em meio a muita vaia e protestos contrários, a gestão administrativa da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) em hospitais universitários públicos de todo o país. A discussão a respeito da EBSERH (fundação pública de direito privado) começou ainda durante o mandato do reitor Edward Madureira, em 2012, mas só agora foi colocada em pauta no Consuni.

No último dia cinco, Sexta-Feira, em uma outra reunião do Conselho a proposta pela privatização do hospital das clínicas havia sido aprovada, em primeira instância. Nesse dia, o reitor, sem contar os votos favoráveis e contrários, anunciou que a adesão à EBSERH estava aprovada e se retirou do auditório.

Essa atitude gerou revolta nos estudantes e representantes sindicais presentes. Após mais de uma hora cercando o atual reitor, Orlando Amaral, no estacionamento em frente a reitoria, e, embaixo de chuva, alegando que a votação tinha se dado de forma ilegal, a pressão dos manifestantes foi atendida, onde foi marcada uma nova reunião para o dia 10. Novamente nessa segunda reunião em meio a um processo conturbado e entre vaias e gritos de protesto contra a "privatização do HC", os conselheiros em uma votação nominal aprovaram em maioria pela legalidade da aprovação anterior.

Alguns professores, centros acadêmicos e o Sindicato dos Servidores Técnicos Administrativos (Sint-ifes), publicaram notas de repúdio ao reitor e ao processo 'anti-democrático'- segundo eles-, em que se deu a adesão à proposta da EBSERH. O grupo de oposição também está preparando um mandado de segurança no ministério público declarando a ilegalidade da votação. Apesar de ter sido aprovado a contratação da empresa, a UFG ainda não pode fechar contrato formal e o Hospital das Clínicas segue com a mesma gestão. 

A principal argumentação que os manifestantes apontam contra a proposta é o fato de "que é contraditório uma empresa que visa o lucro, comandar um hospital universitário, que além de ser público é um local de ensino e pesquisa para estudantes de medicina". Novos atos e articulações estão marcados para o próximo Consuni, que deve ser realizado somente em 2015.