Indicadores trazem risco de aumento da desigualdade social

Data: 19 de janeiro de 2015

Fonte/Veículo: O Popular

 

(Colaborou Cristiane Lima)19 de janeiro de 2015 (segunda-feira)

A atração de migrantes pelos indicadores econômicos cria uma pressão por serviços, o que pode aumentar ainda mais a desigualdade social em Goiânia e região metropolitana. A avaliação é do professor associado do departamento de Geografia da Universidade Federal de Goiás (UFG), Tadeu Alencar Arrais. Ele afirma que o aumento da população é motivada pela migração que, por sua vez, é atraída, tradicionalmente, pelo trabalho. O que significa uma maior demanda por habitação, emprego, serviços públicos e infraestrutura urbana.

Arrais identifica que, historicamente, essa demanda tem produzido muitos desafios para o poder público. O déficit habitacional seria o principal deles. Para acomodar essa população que chega, o poder público cria programas habitacionais distantes dos locais de trabalho, o que cria outros problemas. “Essa situação agrava, por exemplo, o problema da mobilidade, já que a distância entre moradia e trabalho implica em custos financeiros cotidianos para quem se desloca, além de aumentar os problemas relacionados à mobilidade”, diz.

Assim, avalia Arrais, o crescimento é acompanhado, igualmente, da ampliação das desigualdades sociais e da progressiva fragmentação do espaço urbano. Estudo divulgado em agosto de 2012 pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) colocou Goiânia no topo do ranking das cidades mais desiguais da América Latina. No estudo, a capital aparece com Índice de Gini, que avalia a desigualdade, igual a 0,65, considerado extremamente elevado.