Segundo pesquisadora números não devem alarmar população

Data: 25 de janeiro de 2015

Fonte: O Popular

 

Os dados demográficos que apontam um número maior de mulheres que de homens não devem alarmar a população, segundo a professora da Universidade Federal de Goiás (UFG), Eliane Gonçalves. Segundo ela, as estatísticas são esvaziadas de seus contextos e explicações. A do Censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), por exemplo, considera solteiras as meninas acima de 10 anos e mulheres acima de 60 anos. “As pessoas mais jovens encontram correspondência no seu grupo etário. O que são 15 mil ou 16 mil mulheres a mais numa população de 20 a 39 anos”, questiona.

Segundo a pesquisadora, não existe correspondência exata entre número de pessoas aptas a casar e se reproduzir porque não vivemos nos moldes reprodutivos apenas. “No grupo etário de 20 a 39 anos, enquanto umas estão se casando, outras já estão se separando, tendo filhos sozinhas, experimentando outras formas de amor. O mercado matrimonial não é uma equação para ser resolvida por encaixe - um homem, uma mulher: um par.”

Eliane Gonçalves chama atenção para o fato de existirem pessoas que querem permanecer solteiras por toda a vida e ela anima quem está à procura da alma gêmea: “O mercado afetivo está repleto de pessoas disponíveis e aptas a namorar, casar. O problema é sempre o mesmo: querer a mesma idade, mesma classe social, mesma raça e cor, mesma escolaridade e até a mesma profissão. Assim vai faltar gente mesmo.”