Tal pai,tal filho

Data: 04 de fevereiro de 2015

Fonte: O Popular

 

Ricardo Rafael

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Aurélio Alexandre, o Mokinha, ao lado do pai, Moka, baterista veterano da cena musical da cidade: influência familiar

A batida da bateria esteve presente desde os primeiros lampejos de sua vida, na barriga da mãe. O jovem Aurélio Alexandre, o Mokinha, de 25 anos, nasceu com o destino encaminhado. Desde sempre, acompanhava o seu pai, Moacir Brito Nascimento, o Moka, de 56 anos, em shows e gravações na cena regional, na infância e na adolescência. “Não escolhi tocar esse instrumento ao acaso, já nasci com isso no sangue”, justifica Mokinha.

Assim como Folhinha, que foi um dos primeiros bateristas de Goiás, Moka também faz parte de um grupo da velha guarda. Com 40 anos de estrada, o artista integrou os melhores conjuntos de baile e bandas de rock nas décadas de 70 e 80 na cidade. Entre os principais grupos, fez parte do Akuarius Seven e Tarântulas, além de Os Matuskelas, do Distrito Federal, e Os Gorilas, de Minas Gerais. “Comecei aos 12 anos, incentivado por um vizinho, que tocava todos os dias”, se lembra Moka.

Na carreira, Moka acompanhou grandes nomes nacionais, como Odair José, Tibério Gaspar e Nasi, um dos líderes do Ira!. Ele também foi professor de bateria do ator e cantor Léo Jaime. Com os artistas regionais, integrou a banda de vários, como Fernando Perillo, Pádua e Bororó. A parte prática, ele aprendeu sozinho, já a teórica, com o maestro Geraldo Amaral na UFG. Em 2014, por ser um importante difusor da música goiana, foi homenageado no 15° Canto da Primavera. “Tocar é meu oxigênio, o que me mantém vivo”, afirma Moka.

Com o filho, Moka tocou várias vezes. Uma das últimas foi em dezembro de 2014 na gravação do seu primeiro DVD solo da carreira no Centro Cultural Municipal de Cultura Goiânia Ouro. “Foi emocionante. Cresci vendo-o tocar e, de repente, faço parte da banda. Só tinha gente fera ao meu lado. Foi emocionante, além de uma responsabilidade imensa de se apresentar com o seu pai o avaliando. Mas foi tudo bem, ele não reclamou”, brinca Mokinha.