“Sem desocupação, problema ficaria maior”

Data: 16 de fevereiro de 2015

Fonte/Veículo: O Popular

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16/02/2015 05:00

O professor do Instituto de Estudos Sócio-Ambientais da Universidade Federal de Goiás (UFG), João Batista de Deus, afirma que a ação de remoção dos ocupantes do Parque Oeste Industrial há 10 anos foi exemplar. Segundo o pesquisador, o Estado agiu de forma truculenta e incisiva para evitar que uma reação em cadeia de novas ocupações urbanas em Goiânia.

A falta de uma política pública de habitação, o excesso de famílias sem teto e a pressão exercida pelo o setor imobiliário deu impulso para uma ação que servisse como exemplo. Segundo o pesquisador, se houvesse desapropriação, naquele contexto, inúmeros grupos iriam criar novas ocupações, gerando um barril de pólvoras na habitação.

O grande problema, de acordo com João de Deus, é que no país não há regulação de terra. Assim, o acesso à moradia fica concentrada na mão de poucos, deixando muitas distorções.

“Agora existe acesso a financiamentos, inclusive através vários bancos privados, que a Classe C pode pagar. Esse pessoal que foi desapropriado foi justamente a Classe C. O mesmo que é alvo das imobiliárias. O aspecto ideológico é imenso”, avalia.