Goiania dará incentivos para atrair empresas de TI

 

Lúcia Monteiro - O Popular

 

As empresas do setor de Tecnologia da Informação (TI) que se instalarem em Goiânia poderão receber vários incentivos, como uma redução de 60% no Imposto sobre Serviços (ISS), que deve cair de 5% para 2%.

Isso é o que prevê o projeto Goiânia Digital, lançado ontem pela Prefeitura de Goiânia em parceria com universidades e a iniciativa privada. O projeto estabelece metas de curto, médio e longo prazos para sua implantação, com o objetivo de criar as bases necessárias para transformar a capital numa referência nacional do setor de TI.

O Goiânia Digital prevê a ampliação a Lei da Estação Digital para toda a cidade, fixando o mesmo porcentual de ISS incidente sobre os serviços e licenças de informática para todos os setores de Goiânia por um período de, no mínimo, 20 anos.

Além disso, o projeto prevê a possibilidade das empresas instalarem um escritório virtual em Goiânia, sem instalações físicas, com possibilidade de contratarem até 9 funcionários. Isso já é comum em cidades avançadas no setor, como Florianópolis (SC), que conta com 11 parques tecnológicos.

Metas
Entre as metas, definidas durante cinco meses de reuniões, também está a implementação do Fundo de Apoio à Ciência e Tecnologia de Goiânia e a criação do Fórum Permanente de TI e do conselho gestor do fundo municipal para inovação. Também está prevista a criação de um pólo de tecnologia do município ou Parque Tecnológico, a ser construído em parceria com a iniciativa privada para abrigar empresas de TI.

O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico (Sedem), Paulo César Fornazier, explica que, ao contrário da Estação Digital, que prevê benefícios extras apenas para empresas que se instalarem somente no Setor Central, como isenção de IPTU, o Goiânia Digital abrange todo município.

O projeto também prevê a definição de um espaço no prédio da Estação Digital para abrigar incubadoras, Universidade Federal de Goiás e entidades representativas de classe. Segundo Paulo César, essas são indústrias que trabalham com o desenvolvimento de softwares, que não são poluentes, necessitam de pouco espaço para instalação e contratam muita mão-de-obra qualificada com salários acima da média.

Ele afirma que as metas visam tornar a capital mais competitiva para atração de investimentos do setor, já que praticamente todos os municípios do Entorno de Goiânia já cobravam 2% de ISS. “Será uma forma de incrementar os negócios dessas empresas e de gerar empregos na região”, destaca o secretário. O projeto seguirá para votação na Câmara Municipal, para depois ser sancionado pelo prefeito.

O prefeito Paulo Garcia destacou a importância do setor para inclusão social e geração de empregos. “Goiânia deve continuar com essa vocação de cidade limpa, gerando renda e emprego, mantendo nossa condição de cidade contemporânea, abrindo espaços para as chamadas indústrias limpas”, afirmou.