Onça estaria solta no Zoológico

Denúncia protocolada ontem no Ministério Público de Goiás (MP) diz que há uma sussuarana (onça) solta nas dependências do Zoológico há mais de três meses e os funcionários não conseguem localizá-la. Até então, as acusações vinham sendo feitas por anônimos e sem dados precisos, mas, ontem, o presidente do Sindicato de Guardas Civis e Municipais do Estado de Goiás, Jeibison Pereira, levou documentos que mostram registros feitos pelos guardas do local de quando o animal teria sido visto, além de fotos de pegadas do felino e de carcaças de animais de médio porte que teriam sido atacados.

A promotora Marta Moriya baixou portaria e instaurou procedimento de investigação. Segundo ela, o diretor do Zoológico foi convocado para prestar esclarecimentos na segunda-feira (9). Ela calcula, ainda, que as denúncias anônimas vinham sendo feitas há mais ou menos três meses, mas como só agora maiores dados foram apresentados, a investigação é o mais correto.

Raphael Cupertino, diretor afastado do Zoológico, era quem estava no cargo na época em que se iniciaram o que ele chama de “boatos”. Prestes a voltar à direção, aguardando apenas o comunicado oficial, provavelmente será ele quem terá de se apresentar ao Ministério Público, na segunda. Ele acredita que até o fim da semanajá terá retornado à função. E conta que, certa vez, foram implantadas armadilhas na mata fechada do parque, mas nada foi encontrado. Segundo o veterinário e diretor técnico e operacional, Alcides Mendes, o único bicho que capturaram foram cachorros que circulam no local. “Eu asseguro que não existe isso”, diz Alcides.

Cupertino disse ainda que, enquanto esteve no cargo de diretor, nunca recebeu notificação a respeito do caso, nem da Guarda Municipal, nem do Ministério Público. Tampouco, teve acesso a fotos ou qualquer tipo de prova. “Agora, é preciso investigar e tomar as medidas cabíveis”, coloca.

36º animal morto

Enquanto isso, mais um animal amanheceu morto, ontem, no Zoológico de Goiânia. Já é o 36º de 2010. Desta vez, um queixada macho chegou a óbito por motivos, ainda, a serem revelados em resultado de necropsia realizada pelo departamento de patologia da Escola de Veterinária (EV), da Universidade Federal de Goiás (UFG). A previsão é que o laudo esteja pronto no próximo dia 25 (quarta-feira).

O veterinário Alcides Mendes disse que o animal vinha apresentando sintomas desde segunda-feira. “Estava apático e isolado do grupo.” Isso chamou a atenção dos veterinários, já que a espécie vivia no local há mais de 15 anos e dividia a morada com os mesmos animais. Agora, restam cinco exemplares da espécie, no local. Quatro vivem em grupo e outro separado.

O diretor contou que foi feito um tratamento preventivo, mesmo sem saberem o motivo certo. Antibióticos e antiinflamatórios foram dados ao queixada. Alcides não sabe dizer se o animal teria nascido no Zoológico porque é antigo e, na época, não se fazia registros do tipo. (Da Redação)