A “vilã” se rende à tecnologia

A “vilã” se rende à tecnologia

Números, cálculos e equações, na maioria das vezes, complicadas. Esse é o mundo da Matemática. E para mostrar às crianças que esse universo não precisa ser tão terrível assim, uma alternativa para os professores é o aperfeiçoamento.
Melhor ainda se essa capacitação ensinar os educadores a levarem para as salas de aula os recursos tecnológicos. Pois é justamente essa a proposta do curso de extensão oferecido pela Facul­da­de de Educação da UFG (Universidade Fe­deral de Goiás), “O Professor do En­sino Fundamental em Formação: Inserção de Tecnologias nas Aulas de Matemática”.
O conteúdo das aulas é especialmente voltado para os educadores que lecionam nas séries iniciais e aos alunos de graduação em Matemática. A coordenadora do curso, Maria de Fátima Teixeira Barreto, explica que, embora seja mais focado nos profissionais das séries iniciais, todos os interessados em levar novas formas de assimilação do conteúdo para suas aulas podem participar.
Segundo ela, até mesmo os que possuem outra formação. “Apesar de trazer vídeos e programas específicos para a disciplina, o profissional pode adaptar o conhecimento a sua área de atuação. Queremos estimulá-los a levar essas práticas para dentro da sala de aula, e assim atrair os alunos”, ressalta.
Professora de Ciências do 5º ano do En­sino Fundamental na Escola Mu­nicipal Santa Helena, em Goiânia, Helen Simone de Jesus Pereira Carrijo se encaixa nesse per­fil. Ela fez o curso em 2011 e já transformou a teoria em prática pedagógica.
Há 22 anos atuando como educadora, ela sabe que precisa se aperfeiçoar constantemente para conseguir “fisgar” os alunos. “Acho importante reciclar, trabalhar de forma que alcance a compreensão de todos os alunos”, considera.

Interdisciplinar                    
Helen criou um projeto que mescla caça ao tesouro, história pelo espaço, orientação geográfica e até escalas e mapas. Com esse trabalho, conseguiu envolver toda a turma. “Iniciei com um vídeo que falava de uma caça ao tesouro. Depois, eles recebiam um mapa e tinham que encontrar pistas através de noções de escala. No final, foi feito um grande mapa na quadra da escola; os alunos confeccionaram bússolas e saíram em uma nova caça ao tesouro”, lembra.
A educadora explica que, além de dar aula de Ciências na rede municipal, leciona Matemática em uma escola particular. Foi isso que a motivou a buscar a capacitação. “Tive interesse em fazer o curso para me aperfeiçoar e levar novidades aos alunos. Acabei desenvolvendo o projeto na área de Ciências, mas de forma interdisciplinar, envolvendo disciplinas como Matemática nas noções de mapa e escala, Português e História”, pontua.
Maria de Fátima ressalta que o curso é bastante prático, ensinando os educadores e trabalhar com softwares e vídeos de maneira simples. Ela diz que os softwares precisam de uma estrutura prévia, mas são facilmente instalados. E com os vídeos é mais fácil ainda.
A coordenadora afirma que o curso de extensão está iniciando sua terceira turma. Destaca também que o conteúdo das aulas foi desenvolvido de forma a capacitar também os professores formados há muitos anos. “Como é uma iniciação digital, são ensinadas coisas básicas e práticas que podem ajudar até mesmo os profissionais que não são nativos digitais, mas sabem que precisam aprender essa linguagem para dialogar com seus alunos”.
Ao final do curso, Maria de Fátima diz que os educadores são convidados a elaborar um projeto, que pode ou não ser executado, como exemplo da inciativa feita na escola Santa Helena.
Helen, aliás, garante que esse ano continuará adotando a mesma a didática de sucesso com seus alunos. “Eles adoraram! E os alunos de outras turmas ficam me perguntando se não teriam a mesma atividade”.

 

Ensino médio

Tecnologia digital

Estudantes do Ensino Médio com interesse em aprender os segredos da configuração e montagem de computadores podem aproveitar a chance que está sendo oferecida pelo Laboratório de Tecnologia da Informação e Mídias Educacionais (LabTime), da UFG.
Para concorrer às 3.600 vagas do curso Aluno Integrado: Qualificação em Tecnologia Digital é necessário estar matriculado em uma escola da rede pública. A iniciativa conta com a parceria do Ministério da Educação (MEC) e as inscrições vão até o dia 16 de abril. O curso é gratuito e oferecido na modalidade à distância. Informações no site www.labtime.ufg.br.