Mutirão da Prefeitura e de ONGs acolhe 183 moradores de rua

Mutirão da Prefeitura e de ONGs acolhe 183 moradores de rua

 

Deste total, 25 aceitaram ajuda para tratamento de dependência química (álcool e drogas) e estão internados na Casa de Eurípedes ou na Vida Nova

A Prefeitura de Goiânia e as organizações da sociedade civil que participaram do Mutirão da Acolhida, realizado das 16 horas do dia 23 às 16 horas do dia 25, na Praça da Matriz, em Campinas; divulgaram nesta segunda-feira balanço que aponta o atendimento a 183 moradores de rua. Deste total, 25 aceitaram ajuda para tratamento de dependência química (álcool e drogas) e estão internados na Casa de Eurípedes ou na Vida Nova.

Esse resultado mostra o sucesso da inciativa. Essa é a primeira vez que município e sociedade civil se organizam para formar um vínculo com esta faixa da população e convencê-los a aceitar ajuda para a recuperação. Esse é um trabalho de longo prazo e ao longo do ano faremos novos eventos com essa visão para tirar as pessoas da rua e combater o uso de drogas”, assinala o secretário de Assistência Social, Darci Accorsi.

Durante as 48 horas do Mutirão da Acolhida mais de 200 profissionais e voluntários de 12 órgãos municipais e 19 Organizações Não-Governamentais (ONG) estiveram na Praça da Matriz em regime de plantão acolhendo, orientando e informando os moradores de rua sobre os projetos sociais do Governo Municipal e da sociedade civil voltados para este público. O atendimento aos 183 moradores de rua resultou na adoção de 915 procedimentos para atendimento da demanda tais como: escuta psicossocial, banho, alimentação, corte de cabelo, emissão de carteira de trabalho, lan house social, atendimento médico, encaminhamento para comunidades terapêuticas para tratamento de dependência química, grupos de autoajuda, núcleo de orientação familiar e lazer comunitário.

Dados
De acordo com as fichas cadastrais dos moradores de rua, do total de 183,67% eram homens e 33% mulheres. A maior reivindicação foi o retorno à cidade de origem, já que 40% se declararam moradores do Entorno de Goiânia e de outros municípios de Goiás; 30% disseram ser oriundos de outros estados da Federação, principalmente do Norte e do Nordeste. Os 30% restantes afirmaram ter vínculos familiares em Goiânia.

Do total de pessoas atendidas, 30% disseram que faziam uso abusivo de álcool e 38% reconheceram ser dependentes de maconha e outras substâncias psicoativas (crack,cocaína, ecstasy). Além desses problemas de saúde, foram detectados problemas de pele, pressão alta, disfunções pulmonares, doenças venéreas e problemas oftalmológicos. Vale ressaltar, também, que, dos 183, 10% eram pessoas em busca de orientações e encaminhamentos referentes a tratamento de dependência química para familiares e/ou amigos.

Parceiros
Participam do Mutirão da Acolhida: Secretarias de Defesa Social (Semdef), Assistência Social (Semas), Educação (SME), Saúde (SMS), Esporte e Lazer (Semel), Trabalho, Agência Municipal de Trânsito (AMT), Guarda Municipal, Assessoria Especial de Políticas para a Igualdade Racial, Assessoria da Juventude, Companhia Municipal de Urbanização (Comurg), Coordenação dos Mutirões e conselhos tutelares das regiões Noroeste, Norte, Leste, Centro Sul, Campinas e Oeste.

As entidades parceiras foram: Idtech, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA); Hospital Espírita Casa de Eurípides; Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), Universidade Federal de Goiás (UFG); Lar Mãe Zeferina, Conselho Municipal de Assistência Social; Associação Beneficente Manancial; Pastoral de Rua Padres Redentoristas; Centro de Recuperação de Alcoólatras (Cerea); Comunidade Espírita Ramatis; Associação Movimento Amor Exigente (Amae); Centro de Educação Meninos e Meninas (Cecom); Programa Maçonaria Contra as Drogas à Favor da Vida (Goeg); Grupo AJA; Casa de Recuperação Novo Nascimento; Projeto Emanuel Recuperando Vidas e Rede Pela Paz.