Escola de ensino superior brasileira forma professores em Moçambique

Escola de ensino superior brasileira forma professores em Moçambique

Ao todo, 630 estudantes estão matriculados na Universidade Aberta do Brasil (UAB) em Moçambique, instituição que abriu nesse fim-de-semana o ano lectivo.
Os cursos postos à disposição pela Universidade Aberta do Brasil em Moçambique estão a ser ministrados nas cidades de Maputo, a capital do país, Lichinga e Beira. 
O objectivo principal da universidade é preparar professores do ensino público moçambicano. A Universidade Aberta do Brasil, projecto que chegou a Moçambique no ano passado, funciona com metodologia desenvolvida por quatro universidades brasileiras: as federais de Juiz de Fora (UFJF), Goiás (UFG), do Rio de Janeiro (UFRJ) e Fluminense (UFF). Quem se forma recebe dois diplomas, o brasileiro e o moçambicano. “Isso vai facilitar a aspiração de muitos deles que é, depois, fazer uma pós-graduação no Brasil”, disse O­reste Preti, coordenador do projecto. Muitos professores vivem longe dos pólos onde as aulas são ministradas. 
Alguns chegam a viajar 700 quilómetros para chegarem à escola. Apesar das dificuldades, o baixo índice de desistência surpreendeu os brasileiros que chefiam o projecto. Menos de dez por cento dos alunos não concluíram o período lectivo no ano passado. 
“Os que abandonam é porque não têm os requisitos necessários, têm diploma de equivalência do ensino médio, mas só fizeram mesmo o nível básico. Aí, não têm capacidade para continuar com um curso superior de matemática ou biologia”, explicou. 
Além desses dois cursos, a Universidade Aberta do Brasil oferece ainda graduação em administração pública e metodologia do ensino básico.No ano que vem, a expectativa é que mais três cidades moçambicanas recebam pólos da Universidade Aberta do Brasil: Tete, Nampula e Quelimane. Até 2014, a previsão é que sejam abertas mais três mil vagas em Moçambique.