Poética urbana

Bailarina mineira Dudude faz performance hoje no Centro da Cidade

A poética da rua e o movimento no espaço urbano são a tônica do trabalho da bailarina Dudude, que traz para Goiânia a partir de hoje o projeto Horizontes Urbanos – Mostra Internacional de Dança em Espaço Urbano. Ao todo serão três ações: intervenção urbana, lançamento de livro e oficina de dança, que também integram outro projeto, o Vivo EnCena.

O programa cultural da Vivo em Goiânia tem parceria com a Escola de Música e Artes Cênicas (Emac) da UFG. Na Emac, uma intensa programação complementar com palestras, debates e oficinas integra o evento, que comemora a Semana da Dança (o Dia Internacional da Dança é celebrado no dia 29 de abril).

A primeira ação de Dudude será realizada das 9 às 11 horas de hoje, na calçada em frente ao relógio art déco do canteiro central da Avenida Goiás, no Centro. No local, ela vai apresentar a performance denominada A Poética de Um Andarilho.

Com 53 anos e 40 de dança, Maria Lourdes Tavares, a Dudude, se descreve como uma “andarilha” que se dedica a ocupar os espaços públicos de forma poética. A ideia é atrair a atenção das pessoas que circulam pelas ruas sempre apressadas, sem ver o que ocorre em seu entorno.

“A minha função é fazer o espaço cotidiano dançar e assim amaciar camadas da vida cotidiana”, afirma. O público, segundo Dudude, normalmente observa, mas ocorrem situações em que também pode interagir com a artista.

Oficina

Outra atividade de Dudude dentro do projeto Horizontes Urbanos é a oficina de dança Improvisasional, que ela ministra hoje e amanhã, das 14 às 17h, no Centro de Dança Lenir de Lima, na Faculdade de Educação Física da UFG, no Câmpus Samambaia. A artista explica que vai abordar questões relacionadas à dança contemporânea.

Segundo Jacqueline de Castro, diretora de produção do projeto, a Mostra Internacional de Dança em Espaço Urbano faz parte da rede internacional Ciudades que Danzan (CQD), sediada em Barcelona, na Espanha. A ideia é fazer com que o transeunte perceba o ambiente cotidiano que o cerca e que, muitas vezes, na correria do dia a dia, acaba passando despercebido, e fazer com que ele se sinta inserido ali, como protagonista.

“A ocupação visa levar a dança para a cena cotidiana, num diálogo com os transeuntes, a arquitetura, a memória da cidade, além de divulgar a dança”, explica.