Auditorias da CGE ajudam a melhorar qualidade de rodovias

O trabalho realizado pela Controladoria Geral do Estado (CGE) em parceria com a Escola de Engenharia da UFG, com o objetivo de avaliar a qualidade das obras de reabilitação de rodovias goianas, já apresenta resultados positivos para Goiás. Em decorrência das auditorias feitas, alguns trechos foram refeitos e/ou reparados pelas empreiteiras, sem custos para o Tesouro Estadual. Desde que o trabalho foi iniciado em outubro do ano passado, constatou-se maior empenho das empresas em melhorar a qualidade dos serviços.

Os técnicos da CGE avaliaram 127 quilômetros de rodovias e encontraram problemas em três trechos revitalizados. Na GO-50, Trindade-Campestre, após os problemas detectados nos ensaios de laboratórios realizados pela UFG, a construtora está refazendo alguns trechos em toda a extensão de 24 quilômetros da via. Na GO-536, entrocamento da GO-020 até Senador Canedo, foram constatados defeitos no pavimento, sendo que a Agetop vem realizando estudos e avaliações no local para conhecer as causas e propor a melhor forma de correção em 6,6 quilômetros de extensão. Na GO-222 (Anápolis-Nerópolis), com 29,7 quilômetros de extensão, a Agetop notificou a empresa contratada com o intuito de refazer os reparos, sem ônus para o Estado, em locais onde foram detectadas deteriorações precoces do pavimento, conforme apontado pelas auditorias.

Nos relatórios encaminhados à Agetop, a CGE recomenda em alguns casos estorno de pagamento por obras não realizadas, retenção de pagamentos indevidos e até suspensão de pagamentos. Essas medidas são acatadas pelo órgão, que cobra das empresas a correção das falhas. Também com base nos resultados, a Agetop está instruindo com maior número de documentos todos os processos relativos aos pagamentos, dentre eles memoriais de cálculo e ensaios laboratoriais, além da assinatura do Responsável Técnico (RT) e do Fiscal da obra.

O secretário-chefe da CGE, José Carlos Siqueira, argumenta que esses trabalhos têm sido relevantes para o Estado e têm custo/benefício baixo. O primeiro convênio firmado com a UFG, que vai até 26 de setembro, teve valor de R$ 346 mil, pagos em 10 parcelas mensais. Siqueira enfatiza que se fosse contratar empresa para esse trabalho, por meio de licitação, o custo seria muito mais elevado. 

O acordo tem também caráter preventivo e pedagógico. A partir do momento que as empreiteiras têm conhecimento de que é realizada avaliação científica, por especialistas de uma instituição conceituada como a UFG, elas próprias se encarregam de melhorar a qualidade dos serviços. Para que a parceria tenha continuidade, a CGE já propôs a renovação do convênio por mais um ano, começando no próximo mês de outubro, se estendendo até setembro de 2013, com valor global de R$ 478 mil, também a serem pagos em parcelas mensais. 

Mais informações: (62) 3201-5372

Fonte do rss