Greve de professores da UFG atinge mais de 20 mil estudantes em Goiás

Movimento reivindica melhores salários, planos de carreira e infraestrutura. 
IFG também aderiu à paralisação e alunos podem perder o semestre.

A greve dos professores Universidade Federal de Goiás (UFG) atinge mais de 20 mil alunos em todo o estado. No campus de Catalão, primeiro a aderir ao movimento, 98% dos funcionários estão parados há dois meses. Os dados são do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg).

Em Goiânia, a greve começou a cerca de um mês e 80% dos professores aderiram à paralisação; na cidade de Goiás, 98%; e em Jataí, 60%.

“Essa greve acaba comprometendo nosso desenvolvimento. Isso é muito frustrante”, acredita o universitário Jerlian Soares Araújo, que estuda em Catalão.

De acordo com presidente do Sindicato dos Professores da UFG no município, Fernando Paulino, as reivindicações ainda não foram atendidas e, por isso, eles irão continuar com o movimento.

“Queremos uma carreira descomplicada, um salário que seja digno e também melhores condições de trabalho. Atualmente existem muitas precariedades. Não temos laboratórios suficientes e número de alunos por professor é muito alto. Temos que trabalhar com 18 alunos e isso complica, pois, conduzimos ensino, pesquisa e extensão. Enquanto isso não for atendido ficaremos parados”, afirma.

IFG
Além da UFG, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG) também paralisou as atividades. Na unidade de Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, cerca de 600 estudantes estão sem aulas, desde a última semana. “Nós estamos ficando bastante prejudicados. Tem aluno que deveria terminar o curso neste semestre, mas será impossível por causa da greve. Como sempre, os alunos são os que ficam mais prejudicados”, diz o universitário Vinícius de Moura Arantes.

Negociação
A assessoria de comunicação do Ministério da Educação informou que fez uma proposta de rejuste salarial de 45% para alguns profissionais e também prometeu apresentar novas mudanças no plano de carreira. Entretanto, a categoria não aceitou e, por isso, foi marcada uma nova reunião com a categoria na próxima segunda-feira (23).

 

Fonte: Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera