Professores de 12 federais rejeitam proposta do governo

Docentes da Universidade Federal de São Carlos optaram por encerrar paralisação. Sindicatos da categoria estão divididos

 

Os professores de pelo menos 12 universidades federais rejeitaram a proposta de reajuste salarial apresentada pelo governo e optaram por manter a greve que, nesta sexta-feira, entra em seu 72º dia. Das 59 universidades federais, 57 estão paradas.


      De acordo com balanço realizado pela Agência Brasil, as universidades federais do Rio de Janeiro (UFRJ), de Santa Maria (UFSM), de Pernambuco (UFPE), Rural de Pernambuco (UFRPE), do Espírito Santo (Ufes), de Uberlândia (UFU), de Brasília (UnB), da Paraíba (UFPB), da Bahia (UFBA), de Pelotas (UFPel) e Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) decidiram seguir com a paralisação. 

    A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) é a única, até o momento, em que os docentes aceitaram a oferta. O fim da greve, contudo, ainda depende da aprovação em um plebiscito.

   Desta vez, a própria categoria está dividida. O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), o maior da classe, recomenda novamente que os professores rejeitem a proposta. O Andes alega que o texto apresentado “mantém a desestruturação da carreira docente” e coloca sob responsabilidade de grupos de trabalho questões importantes, como a gratificação por projetos institucionais e critérios para promoção. 

    Já a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), que representa uma parcela menor do grupo, apoiou a proposta governamental indicando a retomada das atividades. No início da próxima semana as unviersidades devem comunicar o Andes o que foi decido em assembleias para uma eventual nova negociação. 

  Na última terça-feira, o governo fez uma nova proposta aos professores que inclui reajustes entre 25% e 45% ao longo dos próximos três anos. Além disso, antecipa de julho de 2013 para março o início dos aumentos. Na proposta anterior, apresentada no dia 13 de julho, o reajuste variava de 16% a 45%. Segundo o Ministério do Planejamento, a nova tentativa de acordo elevará de 3,92 bilhões de reais para 4,2 bilhões o impacto no orçamento. Cerca de 140.000 docentes seriam contemplados.

Fonte: Veja