Greve atinge servidores do Instituto Federal Goiano, em Goiânia e Luziânia

Docentes e técnicos administrativos do Instituto Federal de Goiás (IFG) entraram em greve na segunda-feira (6). Os docentes do campus de Goiânia e de Luziânia, que aderiram à paralisação, querem um reajuste emergencial de 22,8%, a reestruturação da carreira, além de melhoras na infraestrutura dos prédios. Os técnicos também cobram 22% no salário, melhores condições de trabalho, além da democratização nas relações de trabalho.

Segundo o professor do campus de Goiânia Josué Vidal Pereira, o governo já fez duas propostas que foram recusadas pela categoria: “Eles propuseram o reajuste de 25%, mas parcelado em três anos, e colocou alguns critérios para a promoção na carreira. Não concordamos, pois não queremos obstáculos para progredir. Os técnicos, por exemplo, pedem também a democratização nas relações de trabalho porque muitas vezes eles não conseguem avanços nesse sentido”, explica.

A greve na instituição prejudica quase 5 mil alunos em Goiânia e aproximadamente 600 estudantes em Luziânia, no Entorno de Brasília. Assim, quem passou no vestibular de meio de ano não poderá realizar a matrícula.

“Se eu parar o curso, vou ter um prejuízo muito grande porque, sem ensaio, não progredimos”, afirma Vitor Winston Almeida, aluno do curso de música.

Greves

Com a greve do IFG, aumenta a quantidade de servidores públicos em paralisação. Polícia Civil, Agrodefesa e funcionários da Universidade Federal de Goiás (UFG) também estão parados.

Na noite de segunda-feira, técnicos administrativos do IFG e da Universidade Federal de Goiás (UFG) participaram de uma reunião em Brasília (DF) para discutir as reivindicações. Nenhuma decisão foi tomada e as negociações terão continuidade na tarde desta terça-feira (7). O governo ofereceu reajuste salarial de 15,8% até 2015 para os técnicos e para os professores o reajuste foi de 25% também parcelados em três anos. As categorias recusaram as propostas.

UFG
Na UFG, já são mais de 60 dias de greve. Além das aulas suspensas, o movimento também afeta atendimento no Hospital das Clínicas (HC), mantido pela universidade. Na sexta-feira (3), durante reunião, o governo informou que não negocia mais e a categoria decidiu manter a paralisação.

Os docentes querem reestruturação da carreira e reajuste salarial. No próximo dia 14, os docentes vão se reunir para decidir o rumo da paralisação.

Órgãos estaduais
As greves também atingem órgãos estaduais. Funcionários da Agrodefesa paralisaram as atividades há uma semana e na segunda-feira fizeram um protesto na Central de Abastecimento (Ceasa) de Goiânia.

Fiscais e agentes não liberaram a entrada de vegetais na central. O governo ainda está negociando com os servidores que, além de melhores condições de trabalho, querem reajuste salarial.

Policiais civis e peritos criminais estão parados há quase um mês. Mais de 70 mil inquéritos estão parados e cerca de 20 mil boletins de ocorrência deixaram de ser feitos. A população também enfrenta dificuldades com os serviços do Instituto Médico Legal (IML). O governo oferece 20% produtividade em cima do que eles recebem atualmente.