Agora, o que resta é relaxar

A dois dias do vestibular mais concorrido do Estado, tudo o que os 31,6 mil inscritos no Processo Seletivo 2013/1 da Universidade Federal de Goiás (UFG) querem é driblar a anisedade. E isso tem jeito? Tem, sim, garantem especialistas ouvidos pelo POPULAR, mas desde que o candidato - com o apoio de seus familiares - dê uma forcinha para si mesmo. É certo: na hora da prova, a pessoa com excesso de ansiedade pode apresentar sintomas como taquicardia, distúrbios gastrointestinais, transpiração em demasia (sudorese), entre outros, que, indesejáveis, podem resultar em prejuízo nas contas para conquistar uma vaga naquele tão sonhado curso superior.

“A partir desta sexta-feira, chega! Nada mais vai fazer grande diferença, ao não ser relaxar mesmo”, afirma a doutora em Psicologia Alba Cristhiane Santana, professora universitária. Segundo ela, a ansiedade e o nervosismo, quando não controlados nesse período, são os fatores que mais podem induzir a erros na hora do exame, conforme apontam pesquisas. Além disso, diz a especialista, é preciso ter em mente que esse estado psicológico interfere diretamente no físico, provocando desde uma dor de cabeça que não passa e não se sabe de onde vem, até outros problemas mais graves. “Atendi um aluno muito inteligente e esforçado que, por causa da falta de controle, acabou passando o vestibular internado no hospital.”

Marcella Haick Mallard, psicóloga e psicanalista, lembra de outro caso para ilustrar o quanto “a ansiedade é muito anterior a essa fase” e como a pressão pode se tornar o maior inimigo do vestibulando - mesmo daquele que se encontra bem preparado para as provas. “Tenho um paciente de 7 anos cuja mãe já pensa, aflita, em uma escola para matriculá-lo aos 8 porque quer que ele seja aprovado na residência médica para Cardiologia em uma renomada instituição de ensino de São Paulo. Ora, é difícil conviver com tanta pressão”, atesta a especialista.

PRAZER

Tanto Marcella quanto Alba recomendam: o melhor, nestes dois dias antes das provas, é abandonar os livros e apostilas e susbtitui-los por atividades prazerosas e relaxantes, como ouvir música, ir ao cinema, navegar na Internet, exercitar os músculos ou, simplesmente, dormir. E, tudo isso, sem a menor culpa!

Alguns alimentos podem ajudar nesse processo de controle da ansiedade. É o que garante a nutricionista Marília Dourado Caldas, especialista em Nutrição Clínica, que até revela, aqui, uma receita de ‘suchá’, calmante sem contra-indicação (veja quadro). Segundo ela, a principal recomendação é evitar, nesses dois dias, comer em locais diferentes dos habituais e experimentar novos pratos ou ingredientes diferentes do que se come todo dia.