Problemas recorrentes

Vítimas da burocracia e da falta de agilidade que caracterizam a administração pública, museus como o Pedro Ludovico, Zoroastro Artiaga, MIS e MAG sempre estão às voltas com problemas recorrentes.

O Pedro Ludovico, por exemplo, passa agora por uma situação complicada. Na Sala Venerando de Freitas, há goteiras em todo o teto, em uma situação de dar pena. Resultado da última chuva de granizo em Goiânia há algumas semanas, uma grande quantidade de água está empoçada no forro, segundo a Secretaria Estadual de Cultura (Secult Goiás), devido a danos causados no telhado. Em menor proporção, o teto do Zoroastro Artiaga também está em situação semelhante. Quando a reportagem esteve por lá, havia goteiras na sala de mostras de curta duração.

Coincidentemente, estes museus foram os mesmos que no passado ficaram fechados por muito tempo para reformas necessárias em seus prédios históricos tombados. Aparentemente elas precisam ser repetidas. O Artiaga ficou em longo recesso entre 1999 e 2003. O Ludovico ficou fechado em 2010. No MIS, também vítima de pequenas avarias físicas que demoram a ser contornadas, a preocupação da vez é administrativa. Desde que o último diretor do local, o professor da UFG Daniel Christino, deixou o cargo meses após assumir, o centro está sem gestor. No MAG, o principal desafio é garantir a segurança das obras. A falta de pessoal é problema em todos eles, incluindo-se nesta lista também o MAC.

Responsável pela administração do MAG, a nova gestão da Secult Goiânia diz que ainda está tomando pé da situação. Na quarta-feira houve a primeira reunião da nova secretária Glacy Antunes com a direção do museu. A Secult Goiás, responsável pelo Artiaga, Ludovico, MIS e MAC, por sua vez, diz estar encaminhando providências quanto às reformas físicas necessárias.

No Pedro Ludovico, onde a situação é mais complicada, há licitação em processo para uma reforma ampla do telhado, segundo a superintendente de Patrimônio Histórico e Artístico, Deolinda Taveira. Quanto à falta de direção no MIS e de pessoal nas demais unidades, ela alega que “faltam cargos no governo” e qualquer outra possibilidade de contratação só será possível com concurso público na Secult Goiás, prometido para ser realizado até julho.

Fonte: O Popular